O Estado de S. Paulo
As comparações com períodos mais distantes continuam muito desfavoráveis. A produção entre os últimos 12 meses e os 12 meses anteriores caiu 25,4%, de 2,84 milhões para 2,12 milhões de unidades. E entre os sete primeiros meses de 2016 e igual período de 2015 a queda foi de 20,4%, de 1,51 milhão para 1,20 milhão. A produção teria sido maior se não tivessem faltado peças, notou o presidente da Anfavea, Antonio Megale. A fábrica de São Bernardo do Campo da Volkswagen, terceira maior montadora por produção, foi uma das mais atingidas.
Entre junho e julho, segundo a Fenabrave, cresceram as vendas de automóveis, veículos leves, caminhões e ônibus, mas caíram as de motos e implementos rodoviários. Os licenciamentos de automóveis importados aumentou 9,8% no período, informou a Anfavea, após o recuo de 35% entre janeiro e julho de 2015 e 2016, acima de 22% dos nacionais.
A queda de preços do etanol parece ter dado leve ajuda às vendas de veículos flex fuel (que podem ser abastecidos com gasolina ou álcool), cuja participação nos licenciamentos cresceu de 88% para 88,7% entre junho e julho. Também as exportações registraram elevação, de US$ 855,9 milhões em junho para US$ 939,3 milhões em julho – e o aumento foi maior por número de unidades: 45,8 mil em julho contra 43,4 mil em junho e 28,3 mil em julho do ano passado.
A melhora de julho não chegou ao emprego, em queda de 0,9% no mês e 6,6% comparado a julho de 2015, chegando a 126,8 mil (20% em regimes especiais). Os estoques de 222,2 mil unidades caíram pouco em relação a junho. Além de confiança, as condições gerais da economia precisam melhorar para a retomada do segmento. A queda da produção de 10% entre 2015 e 2016, para 2,2 milhões de unidades, já seria menor que a previsível até maio. (O Estado de S. Paulo)