Frota & Cia
A Daimler Trucks apresentou, em Stuttgart, na Alemanha, o primeiro caminhão do mundo 100% elétrico, de 26 t de PBT (Peso Bruto Total). O Mercedes-Benz Urban eTruck conta com um conjunto de três módulos de baterias de lítio-íon, que oferecem uma autonomia de até 200 km, suficiente para as entregas típicas de distribuição urbana.
De acordo com a empresa, a nova tecnologia poderá ser usual já para o início da próxima década. Isso significa que, em breve, os veículos pesados poderão operar em serviços de distribuição urbana com zero emissões e um nível de ruído quase imperceptível.
Até pouco tempo, o uso de sistemas totalmente elétricos de condução nos caminhões parecia inimaginável – especialmente devido aos altos custos das baterias, além de sua curta autonomia. A tecnologia, porém, tornou-se agora muito mais madura. As células de baterias foram aprimoradas rapidamente. A Daimler Trucks prevê que os custos das baterias terão diminuído duas vezes e meia entre 1997 e 2025 – de 500 Euros/kWh para 200 Euros/kWh. Simultaneamente, o desempenho irá melhorar numa proporção equivalente – de 80 Wh/kg para até 200 Wh/kg.
“Com o Mercedes-Benz Urban eTruck, estamos enfatizando a nossa intenção de desenvolver sistematicamente a propulsão elétrica para caminhões, a fim de atingir a maturidade com a produção em série”, afirma Stefan Buchner, chefe mundial da Mercedes-Benz Trucks. “Isso significa que começaremos a integrar os clientes, de maneira que possamos obter uma experiência conjunta valiosa com relação à autonomia de operação e à infraestrutura de carga nas operações de transporte do dia a dia”, completa.
No que se refere aos caminhões leves, a propulsão totalmente elétrica já é uma realidade. Isso está demonstrado pelo Fuso Canter E-Cell. A Fuso já havia apresentado a primeira geração do Canter totalmente elétrico em 2010. Em 2014, seguiu-se a segunda geração, que demonstrou seu valor nos primeiros testes de frota em Portugal. Com autonomia de mais de 100 quilômetros, os veículos ultrapassaram a média diária registrada por muitos caminhões leves de distribuição em curtas distâncias. Sob condições muito variáveis de operação, os caminhões cobriram mais de 50.000 km em um ano. Nesse processo, os veículos ficaram livres de emissões e levando em conta a geração de energia, as emissões de CO2 foram reduzidas em 37%, em comparação às dos motores diesel. Os custos operacionais ficaram 64% abaixo da média. (Frota & Cia)