O Estado de S. Paulo
A fábrica da Fiat Automóveis em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), está sem produzir desde quarta-feira, 20. A empresa alega ter adotado uma parada técnica para “ajustar a produção à demanda de mercado”. A previsão é voltar ao trabalho na segunda-feira. Com o mesmo objetivo, em abril a Fiat suspendeu o funcionamento de três das quatro linhas de montagem da planta e colocou em férias coletivas por dez dias parte dos funcionários da unidade.
A empresa divulgou a seguinte nota: “a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) realiza parada técnica nas linhas de produção da fábrica de Betim (MG), entre os dias 20 e 22 de julho. O objetivo é ajustar a produção à demanda de mercado.” Porém, segundo representantes dos trabalhadores da unidade, há outro motivo para a paralisação. Devido à greve dos auditores da Receita Federal, componentes não estariam chegando à montadora. A paralisação da categoria teve início no último dia 14. Os servidores pressionam por aumento salarial.
A Fiat nega que o motivo da paralisação seja a falta de peças. Segundo as lideranças sindicais em Betim, Gleyson Borges e Robson Porto, estão faltando principalmente componentes para a montagem do painel dos automóveis. Peças utilizadas nos aparelhos de ar condicionado, por exemplo, são fabricadas no exterior.
A Fiat é a maior montadora de veículos em operação no país. A planta em Betim tem aproximadamente 20 mil funcionários e é a maior da empresa no mundo. Em janeiro, a empresa também havia concedido férias coletivas por 20 dias. (O Estado de S. Paulo/Leonardo Augusto)