O Estado de S. Paulo
Depois que quase oito meses de suspensão, o Tribunal de Contas do Município (TCM) liberou a Prefeitura de São Paulo para retomar o processo de licitação que irá reformular o sistema de ônibus da cidade. Mas o órgão fez 13 exigências à prefeitura antes de permitir que a Prefeitura lance outro edital de licitação.
“A Prefeitura de São Paulo comemora finalmente a liberação do edital de licitação de Transporte Público e informa que fará todos os ajustes sugeridos pelo Tribunal de Contas de forma a empreender a transformação necessária no transporte coletivo da cidade o mais rapidamente possível”, informou a gestão Haddad, em nota.
A licitação é de R$ 140 bilhões. Prevê repassar a concessão das mais de 1,5 mil linhas da cidade para empresas privadas por um prazo de 20 anos, com a possibilidade de prorrogação por mais 20.
Por causa da suspensão imposta pelo TCM, após o conselheiro Edson Simões apontar 49 irregularidades no processo original, a Prefeitura vinha mantendo os ônibus rodando na cidade por meio de contratos emergenciais, sem licitação. De novembro em diante, a Prefeitura foi respondendo um a um os questionamentos, até o órgão entender, em votação nesta quarta-feira, 13, que o processo poderia ser retomado – desde que houvesse outros ajustes.
Entre janeiro e junho, o repasse às empresas, por meio dos contratos de emergência, gerou um custo de R$ 921 milhões à cidade, segundo o TCM, o que representou aumento de 50% em relação aos valores pagos no mesmo período de 2015.
A nova concessão, que foi desenhada após uma auditoria das contas do sistema, pretende reduzir a taxa de retorno das empresas. A auditoria foi uma das respostas aos protestos contra aumento da tarifa em 2013.
Ainda não há data para a nova licitação ser publicada. (O Estado de S. Paulo)