Car and Driver Brasil/Autoblog
O dia mais importante da história da GM na América do Sul. Assim a própria marca define a apresentação do novo Cruze na Argentina, marcada para o dia 3 de maio. Para fazer valer esse título, Mary Barra, CEO mundial da GM, vai comandar pessoalmente o evento.
Essa será a primeira vez que Barra, considerada uma das cinco mulheres mais importantes do mundo pela revista Forbes, estará em um evento oficial no país vizinho. Coincidentemente ou não, a visita acontece pouco tempo depois da marca rasgar elogios à Argentina e ao governo Macri e ameaçar o Brasil pela crise política e econômica. “Tenho esperança de ver avanços políticos e econômicos nos próximos seis a doze meses, o que vai nos permitir seguir o curso do investimento planejado no Brasil. Do contrário, vamos reavaliar”, disse recentemente Dan Ammann, presidente da GM, em entrevista ao Estadão.
Nova geração
O novo Cruze será produzido em série a partir de junho na fábrica argentina de Santa Fé, que recebeu recentemente um investimento de US$ 750 milhões da matriz. A unidade será a responsável por abastecer também o mercado brasileiro, que vai receber o carro no segundo semestre. A partir de outubro será a vez do Cruze hatch começar a ser produzido na fábrica hermana.
A grande novidade é a nova plataforma D2XX, modular para carros de tração dianteira da GM, e que teve o desenvolvimento chefiado pelos alemães da Opel. Apesar da nova arquitetura, os sistemas de suspensão são os mesmos: McPherson na frente e eixo de torção atrás. Não espere, portanto, o refino de Focus e Civic na absorção de impactos, por exemplo.
A nova base também permitiu que o Cruze crescesse, principalmente para dar mais espaço ao pessoal que vai atrás, uma das grandes falhas do modelo atual. São 6,8 cm a mais no comprimento, sendo 1,5 cm só no entre-eixos e 5,1 cm a mais na área dos joelhos de quem senta no banco traseiro.
Tal qual um adolescente na puberdade, o Cruze perdeu peso ao mesmo tempo em que ficou maior. O que é notável para um carro médio, que não usa materiais exóticos como alumínio ou fibra de carbono em sua construção. Só a carroceria perdeu 24 kg, enquanto 20 kg foram reduzidos no motor e outros 11 kg economizados na transmissão. No total, o novo sedã médio é 113 kg mais leve que o antecessor.
Espere também pelo novo motor 1.4 turbo flex. Nos EUA, ele tem 155 cv e 24,5 mkgf. Aqui, deve passar dos 160 cv e 25 mkgf quando beber etanol. Com a renovada transmissão automática de seis marchas, estima-se que o Cruze acelere a 100 km/h em oito segundos. Muito melhor que os atuais 11,3. (Car and Driver Brasil/Autoblog/Carlos Cristófalo)