Teste das Antigas – Land Rover Freelander

Jornal do Carro

 

O Freelander foi um marco para a Land Rover. Ele foi o primeiro modelo de entrada da marca, mas que não abdicava dos luxos e capacidade off road de um legítimo jipão da fabricante inglesa. Ele não era nada barato, e tinha motor de seis cilindros e 177 cv. Era bem estiloso, com direito a estepe pendurado atrás e uma versão com três portas e até teto removível. Veja o que achamos dele no lançamento, nas palavras do repórter Mario Curcio.

 

Com alterações de estilo e mecânica, o Land Rover Freelander chega ao País em versões de três e cinco portas, por preços entre R$ 121 mil e R$ 135 mil. O modelo tem tração 4×4 permanente e motor 2.5 V6 a gasolina de 177 cavalos de potência.

 

A suspensão, bem acertada, não tem nada de jipe. Também é de série para todos o câmbio automático de cinco marchas (Command Shift), que pode ser usado manualmente.

 

Durante avaliação no autódromo de Tarumã (RS), o Freelander mostrou agilidade: faz curvas rápidas com firmeza, acelera e retoma velocidade como um bom carro médio. A fábrica informa 181 km/h de velocidade máxima aceleração de 0 a 100 km/h em 10,1 segundos. O consumo divulgado é alto: 5,8 km/litro na cidade e 10,3 km/l na estrada.

 

Na parte interna do circuito gaúcho, uma pista de off-road moderado permitiu sentir seu lado 4×4 em ação. Não falta força em subidas e um recurso eletrônico torna fácil controlar o veículo em descidas escorregadias.

 

Bem acabados, o painel e os revestimentos demonstram capricho. Há air bag para motorista e passageiro, controle eletrônico de tração, volante com ajuste de altura, controlador automático de velocidade e acionamento elétrico de travas, espelhos e vidros desde o modelo de entrada, SE. Mais luxuosa, a versão HSE traz revestimento de couro, controle de distância de estacionamento, toca-discos para seis CDs no painel, rodas de 17 polegadas e teto solar.

 

Vendas. Até o fim do ano a fabricante pretende vender 500 unidades do modelo no País. Por aqui, o Freelander concorre em características e preço com o Hyundai Santa Fé, também com propulsor de seis cilindros e custo de R$ 120 mil.

 

Outros 4×4 a gasolina em faixa de mercado semelhante são Mitsubishi Airtrek (R$ 112.290), Subaru Forester (R$ 118 mil) e Toyota RAV4 (R$ 105.912). O Mitsubishi Pajero Sport movido a diesel também está em faixa de preço compatível, custando R$ 136.490. Lá fora, o Freelander tem versão movida a esse combustível, mas a fábrica não pôde trazê-la porque não é apta a transportar 1.000 kg de carga nem tem reduzida, requisitos para empregar esse tipo de motor no País.

 

Mais que um utilitário-esportivo com tração nas quatro rodas, o Freelander foi concebido como modelo de luxo porque pesquisas apontaram esse caminho. E esses mesmos estudos (nos Estados Unidos e Europa) revelaram que muitos compradores do Freelander nunca dirigiram um 4×4 e a maioria não o levaria para o fora-de-estrada. Para o Brasil, contudo, a montadora não avaliou esse mercado. (Jornal do Carro)