O Mundo em Movimento
Lembra do mercado brasileiro em 2012 e 2013, o auge de vendas de carros e referência para a chegada de novas marcas, a construção de novas fábricas e a esperança do País se firmar como um dos quatro maiores mercados do mundo?
Nos dois anos seguintes – 2014 e 2015 – as vendas foram caindo sucessivamente, investimentos minguando, projetos de crescimento adiados, 627 concessionárias fechadas só em 2015. E a cada balanço de vendas, uma decepção.
É hora de entender que os tempos de 14 mil carros por dia (veja quadro) não existem mais. Definitivamente o Brasil entrou em outro patamar. O balanço da primeira quinzena de março confirma que as vendas caíram pela metade em relação aos anos de ouro: foram apenas 80.450 carros em onze dias úteis, ou uma média diária de 7.313 unidades, metade do que o Brasil vendeu por dia em 2012, quando foi registrada uma média diária de 14.427 no ano.
É hora de relaxar; o setor precisa planejar as ações tendo como parâmetro exatamente metade do mercado, das expectativas, dos investimentos e das esperanças.
Se, no ano passado, as vendas diárias se igualavam as registradas em 2007, neste ano elas descambaram de vez. As vendas diárias este ano estão abaixo das registradas em 2005, quando foram vendidas por dia 6.804 unidades. Veja quadro e gráfico de vendas diárias de 2005 a 2016.
GM e Fiat estão praticamente empatadas na liderança de vendas, a primeira com 12,5 mil carros vendidos e a segunda com 12.494. A Volkswagen ficou em terceiro, com 10.937 e a Hyundai se mantém como a quarta marca do País, com 8.957 unidades na quinzena, na frente da Toyota (8.182) e da Ford (7.024).
Em sétimo lugar aparece a Honda e a Renault caiu para o oitavo lugar. Jeep e Nissan completam a lista das dez marcas mais vendidas. (O Mundo em Movimento/Joel Leite)