Folha de S. Paulo/Financial Times
A compra pela GM de uma startup de veículos autônomos por mais de US$ 1 bilhão intensifica a corrida entre as grandes montadoras e as gigantes americanas de tecnologia pelo controle sobre o futuro da direção dos carros.
A aquisição da Cruise, empresa de San Francisco (EUA), pela maior montadora norte-americana aconteceu no mesmo dia em que a rival Ford anunciou que estava criando uma divisão separada para a Ford Smart Mobility, subsidiária que tem como meta o desenvolvimento de tecnologias de transporte.
Dan Ammann, presidente da General Motors, afirmou ter ficado impressionado com a rapidez do desenvolvimento da Cruise, que oferece kits que convertem veículos atuais em autônomos.
“Eles pegaram os problemas mais difíceis e desafiadores e estão resolvendo em um ritmo impressionante”.
Nas últimas semanas, a GM tem feito uma série de investimentos, como a criação de um serviço de compartilhamento de carros (Maven) e a aliança com a Lyft (rival do Uber) para desenvolver uma rede sob demanda de veículos autônomos. “Com esse negócios, temos uma série de peças do quebracabeça que vão nos permitir definir o futuro da mobilidade”.
Para Mark Wakefield, chefe do setor automotivo da consultoria AlixPartners, o futuro do desenvolvimento dos carros autônomos será de “mais e mais parcerias” entre montadoras e empresas do Vale do Silício.
Hoje esses setores estão ao mesmo tempo em uma competição feroz e atuando em parceria nos esforços para colocar nas estradas carros genuinamente autônomos.
Enquanto grupos como Google e Apple pareceram em certo momento determinados a suplantar as grandes montadoras, os desafios se mostraram tamanhos que algumas companhias buscaram alianças, explorando os respectivos conhecimentos de cada empresa. (Folha de S. Paulo/Financial Times)