Jornal do Carro
Toda mostra automotiva que se preza exibe modelos mais acessíveis, que certamente ganharão as ruas nos meses seguintes, e outros que dificilmente serão vistos por aí, seja pelo preço, seja pela potência absurda. O superesportivo AF10 certamente se encaixa no segundo grupo. A primeira geração do modelo foi lançada há oito anos pela inglesa Arash Motor Company. Na semana que vem, a marca mostrará, durante o Salão de Genebra (Suíça), um AF10 totalmente renovado, com um trem de força híbrido que rende mais de 2.100 cv.
Sob a carroceria, feita de uma mistura de fibra de carbono, plástico e alumínio, um motor V8 de 6,2 litros gera, sozinho, mais que respeitáveis 912 cv. Mas ele trabalha em conjunto com quatro propulsores elétricos que, juntos, desenvolvem mais 1.196 cv e 1.080 Nm. O resultado? Uma potência combinada de 2.108 cv, um torque de 232,5 mkgf e um carro que vai da imobilidade aos 100 km/h em menos de 3 segundos e acelera até atingir 323 km/h.
O motor a combustão, acoplado a um câmbio manual ou automático de seis marchas, envia potência para as quatro rodas, enquanto os motores elétricos são ligados a uma bateria de 32 kWh de íons de lítio e uma caixa de câmbio de duas velocidades. No modo Race, os motores atuam como geradores para recarregar a bateria.
Se você ficou assustado com a ignorância dos 2.108 cv, pode ficar com o menos brutal AF8, que tem um motor V8 7.0 fabricado pela GM que gera mais de 550 cv de potência e 65,7 mkgf de torque. O conjunto não faz feio diante do irmão mais bravo: despacha o carro de 0 a 100 km/h e 3,5 segundos e chega à máxima de 315 km/h. Tudo isso por um precinho mais amigo: £ 350 mil (R$ 2,03 milhões), bem menos que o £ 1,1 milhão (R$ 6,37 milhões) da configuração mais barata do AF10. (Jornal do Carro)