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Enquanto os americanos contam com empurrão do presidente Barack Obama, mas ainda engatinham no desenvolvimento de carros autônomos, Volvo e Mercedes-Benz travam uma briga interessante no Salão de Detroit 2016: as europeias concorrem para definir quem coloca o primeiro carro a se movimentar sem intervenção do motorista à venda nas ruas e estradas dos EUA. Se a Mercedes já tem autorização para testar o novo Classe E em Nevada, a Volvo mostra um carro pronto, o S90.
Como a Mercedes, a Volvo também aposta suas fichas no luxo extremos a bordo do carro. Executivos da marca chegam a dizer que o S90 é destinado ao “transporte de presidentes”. A estratégia é simples de explicar: as novas tecnologias ainda são muito caras, então o luxo serve de chamariz aos endinheirados, únicos com cacife para pagar por carros autônomos neste momento. Ou semi-autônomos.
No caso do S90, o sistema adaptativo do sedã manterá o carro dentro da faixa, sem que o motorista se preocupe demais, em velocidades de até 130 km/h. Claro, como em modelos da Audi e da própria Mercedes, alertas devem ser exibidos na tela o tempo todo avisando que a responsabilidade é do condutor e que ele deve tomar o controle da direção.
Além disso, o carro também enxerga outros carros, pedestres, ciclistas e até animais de médio e grande porte. Sensores e radares são os responsáveis por isso e prometem evitar colisões e atropelamentos — ou reduzir os danos, caso seja o impacto seja inevitável.
No interior da cabine, alta tecnologia de comunicação, com integração total com celulares e comandos apenas na tela touch screen, em poucas teclas no volante ou por voz. Os materiais de revestimento são de alto padrão, com couro fino, madeira de lei, metal texturizado e até cristal sueco na manopla de câmbio, algo já visto no SUV XC90, que já é vendido no Brasil e serve de base ao sedã.
Caro quanto?
Embora comece a ser vendido este ano nos EUA, ainda não há preço oficial para o S90. Há valor estimado, porém, e é alto para os padrões locais: cerca de US$ 50 mil (algo em torno de R$ 200 mil direitos), acima dos US$ 40 mil pedidos pelo SUV.
No Brasil, o XC90 parte de R$ 320 mil, o que nos leva a crer que o sedã, quando chegar, não deva custar menos de R$ 350 mil — o carro é global, deve ser visto em breve por aqui, mas ainda não há data oficial de chegada. (UOL Carros/André Deliberato)