Avaliamos o Toyota Prius que será nacional

Jornal do Carro

 

Uma revolução tecnológica vai acontecer no mundo automotivo e sua catarse está programada para 2020, quando os primeiros carros autônomos chegarão às lojas.

 

A eletrificação veicular também deve ser um caminho sem volta e sinaliza que os motores a combustão estão à beira do fim. Mas ainda há virtudes no meio termo representado pelos híbridos (têm propulsor elétrico e convencional) e um ótimo exemplo é o Toyota Prius.

 

Lançado em 1997, o hatch híbrido passou por vários momentos difíceis, ganhou experiência, recebeu alguns tapinhas no visual e agora vive sua melhor forma em nova geração, que começa a ser vendida no Japão neste mês e no Brasil lá para meados do segundo semestre do ano que vem.

 

A Toyota não confirma, mas é certo que o modelo será montado em São Bernardo do Campo – o impulso que faltava foi dado com a aprovação da isenção de imposto para esses veículos feitos no País.

 

Ainda não será desta vez que o Prius surgirá nas redes sociais como um ícone de estilo, mas seu visual melhorou muito. O desenho pouco inspirado deu lugar a faróis modernos em forma de bumerangue, estilo adotado também na junção da grade com o para-choque.

 

Um vinco na lateral do carro forma um belo conjunto com as lanternas e difusor, dando a impressão de que a traseira ficou mais alta.

 

Esse trabalho foi possível graças à nova plataforma TNGA, que aumentou o comprimento do Prius em 6 cm. Os engenheiros também baixaram o centro de gravidade e aumentaram em 60% a rigidez torcional.

 

Isso melhorou bastante a estabilidade do Prius. Agora, basta acelerar e apontar na curva para se sentir a bordo de um Corolla. O carro vai calmo e grudado ao piso, sem apresentar a antiga sensação de deslocamento de peso causado pelas baterias.

 

Mesmo durante um exercício de slalon na pista de Fuji, onde foi avaliado, o híbrido mostrou discreta rolagem da carroceria.

 

O coração do Toyota não mudou. O motor 1.8 a gasolina de 98 cv aliado ao elétrico de cerca de 72 cv resulta em potência total de 170 cv. O câmbio é CVT, automático de relações contínuas.

 

Como todo o torque do motor elétrico surge imediatamente, o Prius acelera com certa vontade e ganha vigor quando o propulsor a gasolina “acorda”.

 

O desempenho não chega a ser esportivo, até porque a transmissão não ajuda, mas o carro cabe bem a qualquer tipo de exigência urbana ou viagens longas, com direito à opção Sport de modo de condução, que deixa o Toyota mais esperto, mas que anula seu maior apelo: o baixo consumo de gasolina que, segundo a marca, é de 25 km/l.

 

Por dentro, o visual ficou bem futurista, graças também à nova tela de 4,2 polegadas colorida de alta resolução e ao head-up display, que projeta informações do painel no para-brisa. O ponto negativo é um porta-objetos no console central cujo formato lembra o daquelas banheiras de apartamentos antigos. (Jornal do Carro)