O Mundo em Movimento
No Brasil é assim: só o peso da lei faz as pessoas tomarem atitudes para a segurança no trânsito, que deveriam ser espontâneas. Não só no Brasil, isso acontece em qualquer lugar no mundo, em menor ou maior grau.
Você lembra que os carros vinham sem retrovisor do lado direito? As montadoras só passaram a colocar o equipamento quando foram obrigadas por lei. O mesmo aconteceu recentemente com o airbag e o ABS, itens obrigatórios a partir deste ano.
Agora é o caso das cadeirinhas e assentos de elevação nos veículos de transporte escolar.
O Contran
Conselho Nacional de Trânsito, adiou a exigência das cadeiras, o que revoltou entidades como o Proteste e a ONG Criança Segura, que consideraram a decisão lamentável.
A exigência vai ficar para o segundo semestre do ano que vem.
Os responsáveis pelo transporte escolar vão ficar esperando a lei pra quê?
Não vai ter que equipar o ônibus, a van com as cadeirinhas? Então pra que esperar? Por que não investir já nesse importante equipamento de segurança e assim evitar tragédias?
Enquanto a exigência não vem, é preciso mais rigor com a segurança. Uma vida perdida por razões evitáveis é um grande retrocesso.
Oportunidade
As vendas em baixa (-23% até outubro) podem ser uma boa oportunidade para o consumidor. Com o fim do ano chegando, muitas montadoras oferecem bônus e fazem ofertas para desovar o estoque, pois querem fechar o ano melhor posicionadas possível no ranking de vendas. A ordem é fazer uma boa pesquisa na hora da compra e regatear ao máximo, porque as concessionárias têm gordura pra queimar. Mas cuidado com as “falsas” ofertas: se lhe oferecerem IPVA grátis lembre-se que é o imposto refere-se a 2015. Em janeiro de 2016 você vai ter que pagar de novo.
Pega leve
Circula um pedido às autoridades de trânsito para que multas aplicadas em vias que tiveram redução de velocidade recentemente não sejam consideradas para efeito de suspensão das CNH, por um prazo determinado. O pedido admite que o infrator deva ser punido com o pagamento da multa, mas solicita a eliminação dos pontos. Considera que essa condição pode ser entendida como educativa, uma vez que a redução da velocidade máxima provocou uma mudança brusca no hábito do motorista. O pedido é justo. Vai levar um tempo pra gente se habituar ao novo ritmo do trânsito. (O Mundo em Movimento/Joel Leite)