Noma confirma fábrica de R$ 75 milhões durante Fenatran 2015

Frota & Cia

 

Em meio a turbulência do mercado de veículos comerciais pesados, que enfrenta queda na demanda de caminhões e carretas, a Noma aproveita a Fenatran para reafirmar seu investimento de R$ 75 milhões em uma nova fábrica de implementos rodoviários em Tatuí-SP, cuja produção será complementar a de Maringá-PR.

 

A empresa havia planejado inicialmente abrir as portas da nova unidade no primeiro semestre de 2014, mas diante dos primeiros sinais de retração do mercado, os planos foram postergados.

 

Segundo Marcos Noma, presidente da Noma, as obras tiveram início em abril deste ano e a expectativa é terminar as obras civis em janeiro de 2016. “Encerrando a fase de conclusão do prédio, daremos início à introdução de máquinas e equipamentos. Nossa expectativa é começar a operar no segundo semestre de 2017”, revela o executivo.

 

Com capacidade de produção prevista em 600 unidades por mês e 450 empregados diretos, a nova fábrica abrigará linha de produção de plataformas a fim de complementar a produção da planta paranaense.

 

Segundo o presidente da Noma, a nova planta faz parte do plano estratégico de crescimento da empresa implementado em 2012 e que segundo ele “vem dando certo”. Ele conta que em 2013, a empresa decidiu ter uma nova linha produtiva após encerrar 2013 com participação de 9,3% do mercado de implementos, cujas vendas chegaram ao volume recorde de 70,1 mil unidades.

 

Embora o mercado tenha caído 18% em 2014, para 59,5 mil unidades e em 2015 a empresa trabalha com estimativa de queda de 50% do mercado geral, para algo como 30 mil, a empresa mantém o otimismo, uma vez que seu desempenho a fará cair menos que o mercado.

 

Para o presidente da Noma, embora a companhia projete vendas 34% menores neste ano, para 3,8 mil carretas, o volume representará market share de 12%, o melhor resultado da empresa em seus quase 50 anos, levando-a a ocupar a vice-liderança do mercado nacional.

 

Marcos arrisca dizer que será muito próximo do que acontece neste ano “com viés de pequena alta de 6% a 10% no volume”. Ele baseia sua perspectiva diante da possibilidade de menos concorrência uma vez que empresas do segmento estão ameaçadas de fechar as portas após um ano tão conturbado. (Frota & Cia)