Toyota descarta C-HR nacional, mas confirma novos motores para o Etios

Revista Auto Esporte

 

O Toyota C-HR só vai estrear em versão final no Salão de Genebra (Suíça), em março do ano que vem, mas já desperta a sede dos jornalistas e consumidores brasileiros. A ansiedade, porém, está longe de terminar. O carro chegou a ser cogitado para o mercado brasileiro, mas foi descartado. “Eu amo o C-HR e até analisamos a possibilidade, mas com todos os impostos e custos no Brasil, seria caro”, afirmou Steve St Angelo, CEO da Toyota para América Latina e Caribe.

 

E quanto a produção nacional? “No momento, não. Ainda há os impostos nas peças e o posicionamento da produção no país ainda é caro neste momento, o que colocam algemas nos fabricantes. Nesse caso, fica difícil competir com o México e outros lugares”. Os planos do C-HR nacional chegaram a ser previstos, confirmou o executivo. O consolo é que o modelo poderia vir importado do país da América do Norte.

 

Mesmo assim, a linha de nacionais terá novidades. A marca trabalha para expandir a capacidade da fábrica de Sorocaba (SP), o que pode possibilitar a produção de um terceiro modelo nacional, além dos Etios hatch e sedã e Corolla. Segundo fontes ouvidas durante o lançamento da nova Hilux em Mendoza, Argentina, o mais provável é um carro de passeio. O Vios chegou a ser flagrado no Brasil, mas ainda não está certo qual será o veículo, que pode ser um sedã. Certamente não será o Prius, cuja produção nacional foi descartada – a nova geração desembarca no primeiro semestre de 2016 no Brasil como importada.

 

O que já foi confirmado oficialmente é o pacote de mudanças pelo qual passará o Etios. O modelo tem um facelift a caminho, que vai mexer em grade, faróis e traseira. Mas nada muito profundo, sem revolucionar o compacto. Contudo, antes disso virão novos motores nacionais. Sairão os atuais 1.3 e 1.5, que serão substituídos por outros motores aspirados com potência e torque superiores, ambos produzidos na nova fábrica de Porto Feliz, também no interior de São Paulo.

 

A possibilidade de usar um único motor está descartada. “São dois novos motores, mas da mesma família”, afirma Steve St Angelo. A nova fábrica começa a operar ainda no primeiro trimestre, então podemos esperar por retoques mecânicos no Etios para o primeiro semestre ou início do segundo. (Revista Auto Esporte/Julio Cabral)