O Estado de S. Paulo
Diante da crise enfrentada pela indústria automobilística nacional, o Brasil caiu de sexto para oitavo maior mercado do mundo em vendas de automóveis na passagem de agosto para setembro. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o País permaneceu na sétima colocação no ranking. O levantamento é da consultoria Jato Dynamics do Brasil, com base em dados de emplacamentos de 27 países dos cinco continentes.
Em relação ao mesmo mês de 2014, o volume de vendas no Brasil recuou 31,8% em setembro, pior resultado mensal entre os países apurados. No acumulado do ano, a baixa foi de 21,7%.
O levantamento mostra ainda que a China segue sendo o maior mercado automobilístico mundial, com vendas de 1,8 milhão de unidades. Em relação a setembro de 2014, o volume de vendas no país asiático avançou 1,3%. No acumulado do ano, a alta foi de 3,8%.
Por sua vez, os Estados Unidos permanecem como o segundo maior mercado global, com vendas de 1,4 milhão de unidades. Ante setembro de 2014, o avanço foi de 15,5%. No acumulado do ano, a alta foi de 5%.
Entre agosto e setembro, a GrãBretanha saltou de décimo primeiro para terceiro lugar no ranking, com 521 mil unidades. O Japão (470 mil) caiu da terceira para a quarta posição. O Brasil (192 mil) ficou atrás ainda de Alemanha (291 mil), Índia (256 mil) e França (200 mil) nas vendas mensais.
O levantamento da Jato Dynamics considera apenas as vendas de automóveis e comerciais leves, com exceção da China, em que são levados em conta apenas os carros de passeio.
Grupos
O estudo da Jato Dynamics revela ainda que o Grupo Volkswagen voltou a liderar as vendas globais, com participação de mercado de 12,70% em setembro. No mês anterior, essa fatia era de 11,26%. No acumulado do ano, o grupo alemão permanece na liderança, seguido por Toyota, GM, Hyundai e Ford.
A participação da Toyota, líder em agosto, passou de 11,78% para 11,47%. Já a fatia da GM ficou praticamente inalterada: 9,65% em agosto e 9,67% em setembro. A Hyundai teve uma leve melhora na participação, de 8,97% para 8,99%. Por sua vez, a fatia da Ford subiu de 8,04% para 8,32%. (O Estado de S. Paulo/Mateus Fagundes)