Setor de motos prevê um fim de ano aquecido

O Mundo em Movimento

 

Tradicionalmente o volume de negócios no segundo semestre apresenta crescimento em relação ao primeiro. Além da chegada da primavera e o verão, com o clima mais ameno, propício ao uso de veículos de duas rodas, há que se acrescentar o ingresso de mais recursos na economia, como o décimo-terceiro salário. A esses elementos soma-se a tradicional realização de grandes eventos, o que também costuma estimular o mercado.

 

A Abraciclo, associação dos fabricantes de motos aposta ainda que o Salão Duas Rodas, que começa nesta quarta-feira em São Paulo (vai até dia 12), pode estimular a demanda. Mesmo assim, as perspectivas de vendas para este ano não são boas.

 

De janeiro a setembro a indústria de duas rodas produziu 1.031.447 motocicletas, o que representa uma queda de 11,6% frente ao mesmo período de 2014.

 

Em relação a vendas setembro (com 98.101 unidades), teve queda de 1,8% em relação a agosto (99.854) e de 18,1% em relação a setembro de 2014. No acumulado do ano, a retração nas vendas é de 11,4%: de 1.069.714 em 2014, para 947.396 este ano.

 

Com a revisão das projeções, o setor prevê agora queda de 14,7% na produção, com 1.295.000 unidades e as vendas caindo 10,5%, com 1.280.000 motos licenciadas.

 

Para as exportações, a perspectiva é de 73.000 unidades, o que corresponde a uma queda de 17,1%, comparado com 2014 frente ao ano anterior.

 

“O Brasil tem uma moto para cada nove habitantes. Já em países desenvolvidos essa relação é de uma moto para cada sete. Nos países asiáticos, como no Vietnã, esta relação chega a uma por três. Assim, os números indicam que o Brasil ainda tem muito a crescer, disse Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, indicando que a médio e longo prazos as perspectivas do mercado brasileiro são alentadoras. (O Mundo em Movimento/Joel Leite)