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O Brasil se comprometeu a expandir e melhorar os sistemas de transportes públicos até 2030. A meta é uma das que estão fixadas na nova agenda global das Nações Unidas, aprovada por unanimidade durante a Cúpula da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada em Nova York no último final de semana.
Nela, os 193 estados-membros das Nações Unidas, incluindo o Brasil, assumem a responsabilidade de proporcionar acesso a sistemas de transporte seguros, sustentáveis e a preço acessível para todos nos próximos 15 anos.
Ele explica que o investimento em transporte público de qualidade e acessível é uma medida importante para aumentar a segurança no trânsito, já que reduz o número de carros nas ruas. “A explosão das motocicletas é um exemplo. Hoje é mais barato ter uma moto que andar de ônibus, pela disponibilidade, pelo custo e pela frequência”, diz José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do ONSV (Observatório Nacional de Segurança Viária).
Para se ter uma ideia, em dez anos, a quantidade de motocicletas no país mais que triplicou. E, embora esse tipo de veículo represente 27% de toda a frota nacional, os acidentes com moto respondem por 76% das indenizações pagas pelo Seguro Obrigatório DPVAT. “O transporte público, se bem gerido e oferecido à sociedade com disponibilidade, frequência e qualidade, leva o cidadão para esse modal e, com isso, se reduz o risco de acidentes”, complementa.
O tema já foi tratado pela ONU nos Objetivos do Milênio, que prevêem, entre outras coisas, que todos os países devem tornar as cidades inclusivas, seguras e sustentáveis. Também é abordado na Década de Ação pela Segurança no Trânsito, na qual governos de todo o mundo assumiram a responsabilidade de adotar medidas para reduzir, pela metade, as mortes em acidentes de trânsito até 2020. Essa meta foi mantida na Agenda de Desenvolvimento Sustentável, que contempla, ao todo, 17 objetivos globais. (Portal CNT)