Frota & Cia
A indústria de pneus viveu nos primeiros sete meses do ano duas realidades distintas. A redução na venda de pneus de carga (para ônibus e caminhões) em todos os segmentos de mercado, incluindo montadoras (-44,5%), reposição (-5,3%) e exportações (-30,5%), foi compensada parcialmente pelo aumento na comercialização de pneus de passeio e industriais, alavancado pela demanda do segmento de reposição. No geral, houve redução de fornecimento à indústria nacional, incluindo todos os tipos de pneus: passeio, camionetas, carga, duas rodas, industriais, agrícolas e OTR.
No balanço final, as vendas totais de pneus pelas indústrias do país fecharam os primeiros sete meses com queda de 0,6%, passando de 43,313 milhões de unidades em 2014 para 43,046 milhões no mesmo período em 2015. Apesar do resultado negativo, a produção de pneus no país acusou um leve crescimento, de 2,6%, nos primeiros sete meses de 2015, chegando a 41,53 milhões de unidades ante 40,48 milhões no mesmo período de 2014, beneficiada pela reposição e as exportações.
A redução no volume entregue às montadoras de todos os tipos de veículos, por outro lado, alcançou 19,7%, passando de 11,003 milhões para 8,831 milhões de unidades quando comparado com o período de janeiro a julho de 2014. Já em toneladas, a redução alcançou 30,7% refletindo a menor venda de veículos de carga (caminhões e ônibus) cujos pneus têm peso e valor superior.
“A redução das vendas de pneus de carga diminuiu bastante a rentabilidade do negócio, uma vez que são os de maior valor agregado, além de ter levado à interrupção de linhas de fabricação em várias unidades”, afirma Alberto Mayer, presidente executivo da ANIP. Os fabricantes de pneus reunidos na ANIP continuam mantendo saldo comercial positivo na balança, que atingiu US$ 392,9 milhões nos primeiros sete meses de 2015.
“Estamos buscando novos clientes e mercados para os pneus brasileiros, cuja qualidade é internacional. No momento participamos ativamente das tratativas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio para realizar acordos comerciais com outros países e vemos boas perspectivas de aumentar as vendas para vizinhos como Peru e Colômbia, com os quais há negociações em andamento”, comenta Alberto Mayer. (Frota & Cia)