Subaru traz ao país sedãs esportivos WRX e WRX STI

Carpress

 

A marca japonesa Subaru lança no Brasil os sedãs esportivos WRX e sua versão ainda mais apimentada, a WRX STI. Mais “pacato” o primeiro sai por R$ 147.900, enquanto o segundo custa R$ 194.900.

 

No caso da versão WRX, o motor é 2.0 FA20 Boxer Turbo com injeção direta de combustível de 270 cv.

 

Pela primeira vez no mercado brasileiro, o modelo chega equipado com a transmissão automática Sport Lineartronic (é possível optar pelos modos de direção Intelligent, Sport e Sport Sharp), de até oito velocidades, desenvolvida para enriquecer a experiência de condução do motorista.

 

Há uma versão única de acabamento, bem recheada em itens de série, que incluem teto solar elétrico, faróis de xenônio, rodas de liga leve aro 18, bancos de couro (com costuras em vermelho), ar-condicionado dual zone, detalhes de acabamento em carbono, entre outros.

 

A proposta do veículo é oferecer conforto e amplo espaço para o dia a dia dos grandes centros urbanos e, ao mesmo tempo, um desempenho empolgante.

 

No volante o carro traz controles de áudio e Bluetooth. Há  muitos materiais macios no painel, na forração das portas e no apoio de braços do console. O teto solar abre uma polegada a mais do que na versão anterior.

 

Seu quadro de instrumentos vem com hodômetro e conta-giros com layout de dupla marcação, ponteiros horizontais e iluminação em vermelho. Na parte central do quadro, está instalada uma tela de cristal líquido de 3,5 polegadas, com informações sobre o consumo de combustível, distância percorrida (total e parcial), velocidade selecionada para o controlador de velocidade, tempo de condução, marcha selecionada, indicador do sistema SI-Drive, alertas de falhas de funcionamento e ajustes gerais.

 

Na parte central do painel, há uma tela touchscreen de 6,2 polegadas pela qual o motorista pode controlar, com um simples toque, todas as funcionalidades do sistema de áudio – escolher estações de rádio, músicas e sincronizar o dispositivo com o celular via Bluetooth, além de visualizar a imagem da câmera de ré.

 

Há ainda outro display LCD com 4,3 polegadas instalado na área superior do painel de instrumentos, que exibe inúmeras informações do veículo e de sua condução, entre elas manômetro de pressão do turbo, sistema de ar-condicionado e computador de bordo.

 

Para garantir o conforto, o entre-eixos é 25 milímetros maior do que a da versão anterior. O para-brisa é mais inclinado, com a base da coluna “A” deslocada 200 mm para a frente, melhorando a visibilidade, auxiliada pelo painel mais baixo e colunas mais estreitas.

 

Soleiras laterais mais baixas e portas com ampla abertura facilitam o acesso ao carro. O espaço para pernas no banco traseiro cresceu 50 mm, e a capacidade do porta-malas passou de 320 para 340 litros.

 

O primeiro modelo WRX foi criado pela Subaru em 1992, por sinal primeiro ano em que a marca começou a ser importada para o Brasil. Na ocasião o objetivo era participar do Campeonato Mundial de Rali (o WRC, World Rally Championship). O modelo era chamado de Impreza GT.

 

Como resultado, o modelo conquistou o tricampeonato dessa categoria (1995, 2001 e 2003) e uma enorme legião de apaixonados pela marca. A nova geração do WRX traz essa origem de competição.

 

Aliás, o design do Subaru WRX mescla atitude agressiva com temática clássica de sedãs esportivos. A parte frontal incorpora, por exemplo, uma das características mais marcantes da identidade de design da marca, que é a imponente grade hexagonal integrada ao para-choque. A entrada de ar no capô para o intercooler foi reposicionada, melhorando a visibilidade.

 

Nas laterais a aparência robusta e esportiva foi incrementada com novas rodas aro 18 que formam um conjunto harmônico com os para-lamas mais largos e com vinco acentuado, que tem início nos faróis e contorna toda a peça, delineando as aberturas inferiores e o monograma WRX. Especialmente criadas para o modelo, as portas traseiras dão continuidade às linhas dianteiras e criam um perfil alongado.

 

Seu desenho traseiro ressalta a esportividade. O para-choque inclui um extrator de ar integrado e dupla saída de escapamento com quatro ponteiras cromadas. O acesso ao porta-malas é facilitado pela grande tampa, que tem amplo ângulo de abertura e um aerofólio incorporado à parte superior.

 

Para aprimorar a experiência ao volante, sobretudo de quem gosta de uma dirigibilidade mais esportiva, há o Active Torque Vectoring, sistema de controle direcional que, nas curvas, aplica uma leve pressão no freio da roda dianteira interna para reduzir o subesterço (saída de frente) e melhorar a resposta à direção.

 

O modelo traz também o VDC (Vehicle Dynamics Control), com três modos: Normal, Traction e Off. Este último desativa os controles de estabilidade e tração, mas mantém o Active Torque Vectoring.

 

A ideia da Subaru foi desenvolver um modelo com diminutos níveis de torção da carroceria em uma calibragem de suspensão mais alinhada com o perfil esportivo do modelo, sem que com isso se abrisse mão do conforto, proporcionando uma melhora da velocidade de resposta da direção e ao mesmo tempo elevasse os limites de desempenho nas curvas.

 

Para proporcionar maior segurança, o WRX utiliza a estrutura de carroceria ultrarrígida conhecida como célula de sobrevivência.  Isso contribuiu para que o modelo atendesse às exigências de segurança nos crash-tests de órgãos como o IIHS (da América do Norte) e o JNCAP (do Japão).

 

WRX STI

 

Com pegada ainda mais esportiva, a Subaru traz também o WRX STI, que tem motor 2.5 Boxer Turbo de 310 cv. A performance surpreende. Dados da fábrica japonesa indicam que a aceleração de 0 a 100 km/h acontece em apenas 5,2 segundos, com velocidade máxima limitada eletronicamente em 250 km/h.

 

A força bruta dos dois modelos foi experimentada pelo Carpress em um autódromo privado de uma fazenda na região de Indaiatuba (SP), com um resultado que impressiona. De fato os dois modelos são de uma agilidade fantástica, com pontos a mais para a versão STI, que tem câmbio manual de seis velocidades, desenvolvido para oferecer mais esportividade nas trocas.

 

A versão também será única, igualmente bem nutrida – teto solar elétrico, faróis de xenônio, rodas aro 18 de alumínio forjado, bancos de couro, ar-condicionado dual zone, detalhes de acabamento em carbono, entre outros equipamentos.

 

Está equipado com tração integral SAWD (Symmetrical All-Wheel Drive). Em seu desenvolvimento, a Subaru refinou sua dirigibilidade em provas das mais duras, como as tradicionais 24 Horas de Nürburgring (Alemanha), onde a marca conquistou o tricampeonato na edição deste ano, e a Isle of Man TT Road Course (Reino Unido), prova em que o modelo estabeleceu o novo recorde.

 

O desenho inclui a imponente grade hexagonal integrada ao para-choque, com detalhes em “black piano” (preto brilhante) e os logotipos Subaru e STI no centro e na parte inferior, respectivamente. O para-choque dianteiro traz uma entrada de ar central e dois conjuntos ópticos situados nas extremidades da peça, que reúnem as luzes indicadoras de direção e faróis auxiliares.

 

O formato dos novos faróis de xenônio com luzes de LED se harmoniza com o estilo largo e agressivo do STI. No centro do capô está instalada, de forma harmônica e integrada à peça, uma grande entrada de ar para o motor Boxer Turbo, reforçando a esportividade sem prejuízo para a visibilidade do motorista.

 

Os para-lamas dianteiros são largos com um vinco acentuado, que tem início nos faróis e contorna toda a peça, delineando as aberturas inferiores e o monograma STI. Ainda na lateral, a parte inferior da coluna A foi deslocada 200 mm para a frente, enquanto a coluna C segue integrada, de forma suave, ao porta-malas.

 

Completam o visual do carro as exclusivas rodas forjadas BBS de liga, com 18 polegadas de diâmetro, os pneus de perfil 245/40 R18 e as saias inferiores, que aproximam o modelo do solo e reforçam a esportividade do WRX STI.

 

Sua traseira reforça a vocação da versão, com direito a um para-choque com um extrator de ar na parte inferior, que percorre toda a peça, e a dupla saída de escapamento com quatro ponteiras cromadas. Instalado na tampa do porta-malas, o aerofólio chama a atenção.

 

Por dentro os novos bancos têm laterais e costuras em vermelho. Outros detalhes em vermelho também estão presentes na alavanca do câmbio e no centro do painel de instrumentos. O interior é preto, do assoalho ao teto.

 

A tela do display multifuncional apresenta informações importantes sobre a condução do veículo, como um mostrador virtual sinalizando a pressão do turbocompressor do motor Boxer, listas pré-programadas de emissoras de rádio, gráfico do consumo de combustível, gráfico da distribuição da tração nas quatro rodas e temperatura externa.

 

Pela primeira vez, o WRX STI está equipado com volante de base reta, semelhante aos usados em carros de competição. Nas extremidades dos raios estão instalados os botões de acionamento do sistema de áudio e os comandos do controlador de velocidade. Revestido de couro perfurado, ele proporciona uma empunhadura segura, facilitando as manobras.

 

Para garantir a segurança, o carro traz freios Brembo com discos Super Sport ventilados, projetados exclusivamente para o WRX STI. O acionamento é realizado, na dianteira, por pinças de quatro cilindros, e, na traseira, por outras de dois cilindros, também produzidas pela Brembo.

 

Carpress cometeu uma grande besteira no teste dos dois modelos. Andou primeiro na versão STI e depois na versão “civil” do WRX. Foi um choque pegar o automático depois do manual. Nem por isso a diversão foi menor – foi apenas diferente. (Carpress/Luís Perez)