Car and Driver Brasil
Ele passou por uma cirurgia plástica intensiva no ano passado. E convenhamos, a Nissan acertou. É difícil dizer que o March é um dos hatches mais bonitos de seu segmento, mas perder aquele aspecto de Pokémon deixou o modelo mais competitivo. Abrimos a garagem da Car and Driver para o concorrente de Ford Ka, VW Up, Fiat Uno, Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e companhia. Afinal, será que ele vale a pena?
O espaço interno do March não é dos melhores. No dia a dia, se mostra apenas razoável, levando quatro pessoas sem aperto. Um quinto passageiro já tem os seus meniscos esmagados. O porta-malas é outra bola na trave do Nissan, com impraticáveis 265 litros.
Requinte também não foi uma das prioridades da fabricante, mas o March traz detalhes em tecido nas portas – coisa que nem hatches premium como o Citroën C3 possuem – acabamento em preto brilhante no painel e até revestimento com imitação de aço escovado nos apoios laterais.
As comodidades também não foram esquecidas. A versão que testamos possui GPS – mesmo que impreciso – integrado ao Nissan Connect de 5,8”. Câmera de ré dispensa o som insuportável dos sensores.
O motor 1.6 é o verdadeiro trunfo do March. São 111 cv de potência que empurram um hatch de peso razoável – 964 kg, 40 kg mais pesado que o modelo anterior. O conjunto bem acertado proporciona um desempenho acima da média para o compacto, que não sofre em subidas e é bom em retomadas.
O Nissan March SL, a versão mais completa do hatch, custa R$ 48.990. Um preço competitivo para quem briga com rivais de peso. Mas o modelo ainda passa aquela vaga impressão de que precisa amadurecer para chamar a atenção. Se você procura por um carro familiar, o Versa SL 1.6 (R$ 50.690) pode ser uma opção mais interessante, mesmo integrando menos itens de conforto. (Car and Driver Brasil)