Revista Carga Pesada
A Scania está comemorando os 10 anos do concurso Melhor Motorista de Caminhão do Brasil (MMCB), evento bienal realizado pela primeira vez em 2005. Pelo programa, já passaram 4.300 caminhoneiros de todo o País, sendo que 91 sagraram-se campeões nas diversas etapas regionais. No total, foram dadas 38 mil horas de treinamento gratuito. O interesse pelo concurso é crescente. Para a primeira etapa, a Scania recebeu 11,5 mil inscrições. Já, para a última, realizada no ano passado, foram 65 mil.
Na opinião do coordenador Rodrigo Machado, uma das principais contribuições do MMCB é a valorização do profissional. “É mostrar para a sociedade a importância do profissional do transporte. É colocar o motorista num pedestal”, afirma. A capacitação dos motoristas é outra grande contribuição. “Como todo o concurso é voltado para treinamento, para educação, os motoristas acabam sendo sensibilizados pelos valores de respeito ao próximo, de dirigir com mais segurança, com mais economia, e valorizando mais a vida. Certamente, a competição contribui para a redução de acidentes nas estradas”, declara.
Machado ressalta que o projeto da Scania vem chamando a atenção do transporte sobre as carências de mão de obra no setor. “Não adianta termos caminhões super tecnológicos e não termos motoristas qualificados para dirigi-los”, afirma.
A competição, segundo o coordenador, é realizado em 40 países de todos os continentes, mas em cada um ele tem um foco e um nome diferentes. “Na Europa, os jovens não estão querendo entrar para a profissão de motoristas. Então, lá, a Scania foca a competição no sentido de incentivar o jovem a ingressar na profissão”, explica. No Brasil, de acordo com ele, há ainda muitos jovens interessados na função de motorista. ”Por mais que digam faltar 120 mil motoristas no Brasil, tem uma juventude que está interessada na profissão”, destaca.
Machado conta que a “espinha dorsal” do MMCB não mudou desde 2005. Mas a participação de parceiros cresceu bastante. E que, na última edição, o concurso contou com o apoio de várias indústrias. “Elas entenderam que o transporte dos seus produtos até os pontos de vendas precisa ser feito com segurança, sem acidente, com menor consumo de combustível. Isso mostra que estamos indo pelo caminho certo”, declara.
Apesar de a estrutura da competição não mudar, o coordenador ressalta que, em cada edição, são feitas inovações. Para a próxima, que deve ocorrer no ano que vem, a ideia é acrescentar mais “conectividade” à programação, tendo em vista que a participação dos motoristas nas redes sociais é cada vez maior. (Revista Carga Pesada/Nelson Bortolin)