Carplace
Apesar de ser baseado na arquitetura T6 e compartilhar os mesmo traços visuais, o Everest foi desenvolvido para ser bem mais que o “SUV da Ranger”. Em conversa tida recentemente com o site australiano CarAdvice, o vice-presidente de desenvolvimento de produto da Ford na região Ásia-Pacífico, Trevor Worthington, declarou que o utilitário foi tão bem pensado quanto a picape e que seu projeto não partiu apenas de uma adaptação feita sobre ela. “Não usamos a expressão ‘SUV baseado na Ranger’,” disse o executivo.
De acordo com Worthington, o fato de a plataforma T6 ser bastante flexível permitiu o desenvolvimento de um modelo com características próprias. “Foi um projeto que demorou quatro anos para ficar pronto”, disse. Na concepção do executivo, o Everest está mais próximo de rivais como o Toyota Prado do que da nova geração do SW4 (derivado da Hilux), por exemplo. “Não se trata de um carro desenvolvido para clientes que compram picapes. O público do Everest é diferente”, completou.
Entre as principais modificações em relação a Ranger, destaque para o conjunto de suspensão completamente reprojetado (especialmente na traseira, onde os feixes de mola foram trocados por molas helicoidais), novo sistema de circulação de gases no espace, interior com acabamento de melhor qualidade, isolamento acústico aprimorado, entre outros. Sob o capô, tem como exclusividade o motor 2.0 EcoBoost, além dos 2.2 e 3.2 turbodiesel compartilhados com a picape.
Everest longe do Brasil
O lançamento do Everest ao Brasil chegou a ser cogitado, mas, segundo a Ford local, o preço do modelo ficaria muito perto dos valores cobrados pelo crossover Edge, o qual a marca acredita ter mais mercado por aqui. Dessa forma, por enquanto a produção do SUV na Argentina (de onde vem a Ranger) está fora dos planos. (Carplace/Dyogo Fagundes)