Tradição na Dana, o SOPE (Solução de Problemas em Equipe) vem aperfeiçoando condições ergonômicas, de segurança, qualidade, produtividade e meio ambiente, entre outros temas. O sucesso, entretanto, está associado à algumas regras. A elaboração de projetos e o bom uso da ferramenta passam por aspectos como a definição do melhor formato de equipe, coleta de dados, suporte no andamento dos projetos e disciplina. Para facilitar o entrosamento, é aconselhável que os times sejam formados por pessoas do mesmo VS (Value Stream), ressaltam Katiuze Biolo Denti, Coordenadora de Melhoria Contínua, e Eduarda Ritter, Coordenadora de Sistema de Gestão Integrada nas fábricas de Jundiaí e Campinas. “Na hora de montar uma equipe, os participantes do SOPE têm a oportunidade de convidar pessoas da área de apoio, como engenharia de processo, manutenção, qualidade, segurança. Elas podem ajudar, inclusive, na coleta dados”, diz Katiuze.
Em Jundiaí, a equipe de SOPE do Tratamento Térmico reúne não só colaboradores daquele setor, mas profissionais da Engenharia e Lideranças, conforme a necessidade do projeto. O líder eleito para o trabalho em andamento é responsável pelo apoio à equipe, para que siga o fluxo dentro do programado.
Para gerar novas ideias para projetos de SOPE, os participantes podem consultar seus supervisores diretos ou team leaders – até para integração das equipes, destaca Katiuze. Os indicadores nos quadros das linhas também oferecem informações, além de ideias relacionadas a ergonomia, segurança e oportunidades que as pessoas identifiquem em suas atividades. Reduções de sucata e resíduos aparecem como possibilidades relacionadas ao meio ambiente, que também está entre os assuntos mais abordados e que são identificados no chão de fábrica. “A garantia de segregação dos resíduos e a redução de geração de rebarba também podem ser explorados no SOPE”, lembra Eduarda Ritter. Outras oportunidades de otimização de processos podem ser identificadas no 5S, em como manter o ambiente de trabalho organizado, melhorar a produtividade e os tempos de setup.
Para Eduarda e Katiuze, o agendamento de reuniões sistemáticas e as atualizações com o coordenador de SOPE são essenciais para o bom andamento do projeto. Sem este tipo de disciplina, o processo torna-se mais demorado.
De acordo com as coordenadoras, é fundamental que a equipe tenha um líder, que terá contato direto com o líder de SOPE para buscar os melhores caminhos e informações para o desenvolvimento da ideia. Quando os projetos possuem um tema relacionado à segurança, os técnicos de segurança de cada área auxiliam os projetos de SOPE para validar informações junto aos operadores, o que contribui para o bom andamento dos trabalhos. Outro importante aliado é o Passo 17, que fornece muitas informações às equipes. Com relação ao melhor uso das ferramentas, a coleta de dados é de suma importância. “Quanto mais dados for possível coletar, melhor para o uso das ferramentas”, garante Katiuze.
