Mulheres são mais do que bem-vindas

Programa Aprendiz Mulheres nas Operações (PAMO) cria novo fluxo para atrair, treinar e recrutar mão de obra feminina para as fábricas da Dana no Brasil

“O que é necessário para ter mais mulheres no chão de fábrica?”

Esta importante pergunta surgiu em uma das reuniões do Comitê de Inclusão e Diversidade diante de da constatação de que se 61% da força de trabalho na Dana Brasil é de mão de obra direta, somente 4% desse total são mulheres. Como aumentar percentual de mulheres, se em nossos processos de recrutamento não encontramos profissionais mulheres com a qualificação mínima para a maioria das atividades de manufatura?

A primeira iniciativa foi sondar outras empresas no nosso setor e procurar entender o que estão fazendo para atrair mais mulheres para suas linhas de produção.  A inspiração veio de um projeto do grupo Gerdau, desenvolvido em parceria com o Senai, para recrutar e treinar mulheres para funções industriais. Aproveitamos nossa experiência com iniciativas de inclusão e buscamos parceiros como o CIEE e SENAI, e estruturamos o Programa Mulheres na Operação (PAMO).

Nossa primeira turma de 10 aprendizes já está em ação no Complexo Industrial de Gravataí desde novembro de 2021. e será expandido para Jundiaí, Campinas e Sorocaba no futuro próximo, prevendo 14 meses de muito aprendizado teórico e prático. O SENAI entra com a estrutura de treinamento e o CIEE, com a formalização e supervisão do estágio. A capacitação começa com os fundamentos do processo de industrialização, passa por noções de matemática e conhecimento de maquinário. Uma vez na Dana, as aprendizes têm acesso a conteúdos mais focados na operação da empresa, como metrologia, leitura e interpretação de desenhos técnicos, noções de qualidade, 5S e portifólio de produtos Dana.

Para reforçar o sentido de pertencimento ao universo de valores da marca Dana, cada participantes tem um “patrocinador” interno e um parceiro da área de RH que as acompanha de perto nos primeiros três meses e se mantém à disposição sempre que necessário. Além disso, o programa tem nome e logomarca que transmitem o sentido de diversidade e união.

O desenvolvimento do programa tem abordagem integrada. Teve início com uma reunião de boas-vindas na Dana e seguiu para o primeiro mês de treinamento no CIEE. De volta à fábrica de Gravataí, as aprendizes passaram por uma imersão sobre a empresa e o lugar onde vão trabalhar, já iniciando contato com líderes e futuros colegas. A etapa seguinte prevê um mês intenso de aulas técnicas no SENAI, preparação necessária para o início do estágio na Dana, inicialmente em jornadas mais curtas, complementadas por treinamentos externos. Em seis meses, as aprendizes estarão aptas para contratação como auxiliares de operação.

Outro diferencial do programa é a colocação das mulheres em duplas nas operações, fortalecendo os elos entre elas e auxiliando no processo de adaptação, outro aprendizado do programa da Gerdau: “uma parte importante do programa é acolher o grupo, dando mais do que apoio técnico, à medida que promovemos as mudanças de comportamentos. Nosso objetivo final é atrair e reter talentos de forma mais equilibrada, melhorando nosso indicadores e aprimorando os fundamentos da diversidade e inclusão sustentáveis”, acredita Caterine Wolf, Coordenadora de Recrutamento e Seleção da Dana.

Participantes da primeira turma de aprendizes em Gravataí/RS

Este programa nos ajuda a acelerar o processo de diversidade de gênero na Dana e está em linha com nossas metas globais. Somos apoiados pela rede DAWN (Dana Women’s Network), um grupo de mulheres e lideranças que promove o desenvolvimento de carreira das mulheres na Dana e que buscamos estabelecer no Brasil em breve.

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