No exterior, a Dana é um dos maiores fornecedores de eixo dianteiro para tratores. No Brasil, começa a dar grandes passos para atender clientes de dentro e de fora do país. A operação Fora de Estrada, em Gravataí, monta eixos agrícolas e de construção, transmissão, cardan, eixo especial e coluna direção, além de possuir processos especiais como soldagem e pintura. Em breve, fará também a usinagem de engrenagens. Tanta modernidade gerou frutos: a Dana fornecerá eixos para duas das principais montadoras do setor agrícola no país.
A empresa fornece eixos agrícolas desde 2006, mas o grande impulso veio a partir de produtos para tratores de baixa potência. Para atender à demanda, a operação Fora de Estrada recebeu diversos investimentos, incluindo uma linha para produção de engrenagens. A estrutura do Complexo de Gravataí, que inclui forjaria e tratamento térmico, permitirá o atendimento da demanda antes suprida pela importação de peças da Europa, Ásia ou Estados Unidos. “A cabine de pintura foi ampliada e houve investimentos na linha de montagem, além do desenvolvimento de componentes em parceria com outros fornecedores”, detalha Roberto Haag, gerente da unidade Fora de Estrada no Brasil.
Para expandir seu portfólio de produtos, ampliando sua participação no mercado Fora de Estrada, a Dana adquiriu em janeiro deste ano 80% dos negócios do Grupo Brevini. “Incorporamos uma empresa com produtos complementares aos nossos, como os utilizados em guindastes (guincho, válvulas direcionais e redutores), componentes também empregados em usinas eólicas”, reforça o gerente.
Novos negócios
Três dos quatro tratores eleitos os melhores do ano em feiras no exterior são equipados com eixo dianteiro da Dana. “Lá fora, a Dana já é reconhecida como um grande fornecedor e no Brasil começou agora a entrar realmente com peso maior, saltando de 10% para 30% de participação no mercado. Os investimentos realizados de 2011 para cá foram justamente para suportar esses novos negócios”, destaca Haag.
O foco na produção Fora de Estrada também gerou mais empregos. Em 1999, eram somente 20 funcionários. Atualmente, são 100 colaboradores para atender às novas demandas. Em 2015, foram produzidos 6 mil eixos, transmissões e eixos de construção. Para 2019, a projeção é mais de 18 mil ao ano.
A nova linha da operação – manufatura de engrenagens – já está com componentes em fase de testes na Europa que, assim que validados, poderão ser fornecidos para outros países. “A Dana não tem esse tipo de engrenagem no Brasil. Serão 120 mil unidades fabricadas por ano”, comemora o gerente.