O aftermarket deve contribuir para o crescimento da Dana em 2017. A empresa retomou as atividades no segmento após 13 anos e, segundo Raul Germany, diretor geral da empresa no Brasil, o impulso veio da queda nas vendas diretas às montadoras nos últimos três anos. “O fornecimento OEM às montadoras em 2011 foi muito bom, mas ruim para o mercado de reposição, porque tomou conta de toda a capacidade de produção. Com a situação atual, podemos administrar essa parte para construir um negócio melhor balanceado”, diz.
A empresa montou uma equipe de representantes comerciais, capitaneados por Carlos Dourado, com 25 anos de Eaton, e em janeiro inaugurou seu próprio centro de distribuição de peças em Diadema (SP). Ao todo, a Dana tem 1,8 mil itens em seu portfólio de aftermarket, com quatro unidades de negócios: eixos diferenciais e seus componentes, cardans, juntas homocinéticas e kits de reparação e, em janeiro, relançou a linha Spicer de elementos de suspensão.
Com a retomada, a expectativa é de crescer no aftermarket acima da média de mercado. “Estamos otimistas. Como antes fazíamos a operação do negócio de forma indireta, agora devemos crescer 50% mais do que as estimativas para este ano, que apontam para expansão (das vendas de peças de reposição) de 5% a 6%”, diz Dourado, esperando pelo aumento do faturamento de sua carteira entre 7,5% e 9%. O executivo destaca, ainda, a retomada das exportações de produtos fabricados no Brasil para mercado de reposição de países latino-americanos.
Somando os negócios de aftermarket e fornecimento direto às montadoras, a previsão é de crescimento de 5% a 10% nas vendas da linha pesada. “A Dana é bastante focada no segmento de veículos comerciais pesados. Como esse mercado caiu muito nos últimos anos, existe a perspectiva de melhoria, com retomada mesmo que tímida do mercado interno e consolidação das exportações. Já para o segmento de leves não temos muita certeza, as previsões vão de 0% a 20% de expansão, mas não dá para apostar em nada”, finaliza o executivo.