A Dana está entre as 15 grandes companhias reconhecidas pelo Prêmio Melhores Empresas para Trabalhadores com Deficiência – edição 2018, promovido pelo Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD). Em sua quinta edição, o Prêmio Melhores Empresas para Trabalhadores com Deficiência se tornou um instrumento adicional de apoio às empresas para a inclusão profissional de pessoas com deficiência, para que possam avaliar suas ações, com foco na qualidade desse processo, por meio da identificação, reconhecimento e premiação das boas práticas inclusivas.
Desde 2013 a Dana, em parceria com o Senai e a Apae de Gravataí, vem preparando pessoas com deficiência intelectual moderada para trabalhar em suas operações no Rio Grande do Sul. Os alunos recebem bolsa de estudo para o curso que dura aproximadamente um ano, sendo 400 horas de aulas teóricas (realizadas pelo Senai nas instalações da Apae de Gravataí) e 400 horas de prática (atividades industriais, realizadas na Dana), e posteriormente têm a oportunidade de serem efetivados pela empresa. A iniciativa já é benchmark para empresas da região e para a própria matriz nos Estados Unidos. Ao longo de dois anos, foram investidos cerca de R$ 250 mil para suportar todo o projeto, incluindo as melhorias em infraestrutura para receber o público do projeto, visando à saúde e à segurança no trabalho.
As disciplinas capacitam os futuros colaboradores para desempenhar funções no processo produtivo, abordando treinamento em atividades de concentração, desenvolvimento motriz, conhecimento do produto da empresa e noções sobre regras de segurança e qualidade. A formação contribui, também, para o desenvolvimento da responsabilidade, do comprometimento, da autonomia e da autoconfiança dos alunos. Até março de 2015, duas turmas de aprendizes, de 18 a 50 anos, foram formadas, totalizando 30 efetivações pela Dana. Como os demais, mas respeitando suas limitações, esses colaboradores são avaliados e acompanhados por meio dos indicadores-chave de performance (KPIs): segurança, qualidade, prazo de entrega, produção e eficiência.
Atualmente, pessoas com deficiência intelectual moderada ocupam cargos em quatro das cinco fábricas de Gravataí e os resultados superam as expectativas: em uma das linhas de produção, a produtividade aumentou 25%. Antes, o próprio montador buscava as peças, consumindo tempo de operação no seu deslocamento. Dois profissionais com deficiência intelectual moderada ficaram responsáveis por preparar um kit com a quantidade exata de componentes para cada montagem e levá-lo aos montadores. Além do ganho no volume de produção das peças, houve aumento no controle de qualidade. Com a pré-montagem dos kits, o montador não deixa escapar nenhum passo do processo, atingindo a impressionante marca de zero erro.
Criatividade e integração
O convívio diário do grupo de colaboradores da Dana com pessoas com algum tipo de limitação de linguagem, que não leem ou escrevem, tem estimulado a criatividade e a superação na busca de formas eficazes de comunicação. Por exemplo, desenhar na mesa do profissional o modelo da peça com a qual ele trabalha ou usar código de cores como recurso de comunicação ou para apoiar a movimentação dentro dos inúmeros corredores das fábricas. O contato diário com exemplos de superação contribuiu para a humanização do ambiente de trabalho, aproximando a equipe como um todo. Para a sociedade, o valor gerado é a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, o combate ao preconceito e à discriminação e os ganhos na qualidade de vida das pessoas com deficiência, de suas famílias e de pessoas que integram sua rede de relações. Os colaboradores – com ou sem deficiência – aumentam a autoestima por meio do reconhecimento das potencialidades individuais, do aprendizado com o diferente e do cultivo à tolerância.
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