Fiat manterá motor 1.0 a combustão só nas versões de entrada do Pulse e Fastback

AutoIndústria

 

Se não for imediatamente, por certo não será por muito mais tempo. De qualquer forma, concessionários Fiat asseguram que as versões superiores Audace e Impetus do Pulse e Fastback não contarão mais com motores exclusivamente a combustão a partir do lançamento da tecnologia Bio-Hybrid, na primeira semana de novembro.

 

Durante o treinamento dos vendedores das revendas para o início de comercialização dos SUVs com os motores híbridos leves, os primeiros produzidos no Brasil, a marca já teria avisado que somente as opções de entrada dos dois SUVs seguirão com o 1.0 turbo flex.

 

A Fiat, assim, dará o primeiro passo entre as montadoras com produção local rumo à eliminação total de motores exclusivamente a combustão, processo que, na verdade, levará ainda bons anos pela frente, mesmo com os aguardados índices futuros de eficiência energética e emissões.

 

Ainda que pouco, Fastback e Pulse híbridos terão consumo de combustível melhorado em relação às atuais versões a combustão, algo como 1 km por litro a mais.

 

Melhor ainda para os consumidores: os próprios revendedores apostam que, se não rigorosamente pelo mesmo preço da linha atual, os SUVs híbridos chegarão às lojas por valores apenas ligeiramente maiores. Até porque, afirmam, paulatinamente a marca já teria elevado “preventivamente” os preços dos dois modelos nos últimos meses.

 

A Fiat será a primeira das cinco marcas da Stellantis vendidas no Brasil a oferecer o sistema Bio-Hybrid, micro-híbrido com bateria de íon-lítio de 12 Volts que opera em paralelo ao sistema elétrico convencional.

 

Desenvolvido e fabricado em Betim, MG, atuará em conjunto com o motor 1.0 turbo flex por meio de dispositivo elétrico que substitui tanto o alternador quanto o motor de partida.

 

A oferta de veículos micro-híbridos é apenas parte do Projeto Bio-Hybrid apresentado em meados do ano passado e que contempla outras duas opções híbridas flex e uma integralmente a bateria, que devem estar disponíveis até o fim desta década, quando responderão por cerca de 60% da produção brasileira da Stellantis.

 

Mais acessível, a tecnologia micro-híbrida será de maior volume de produção e prevalecerá em modelos e versões de entrada. A segunda solução é a plataforma e-DCT, de 48 Volts, e que conta com dois motores elétricos, um deles substitui o alternador e o motor de partida, enquanto o segundo, de maiores proporções, é acoplado à transmissão.

 

A terceira plataforma, híbrida plug-in, terá sistema elétrico de 380 Volts recarregável por meio de sistema de regeneração nas desacelerações, alimentada pelo motor térmico do veículo ou por meio de fonte de alimentação externa elétrica.

 

Os modelos exclusivamente a bateria chegarão por último e serão impulsionados por motor elétrico de alta tensão alimentado por bateria de 400 Volts recarregável por meio de sistema de regeneração ou plug-in. (AutoIndústria/George Guimarães)