Neta adia estreia no Brasil e anuncia nova data para início das vendas

Quatro Rodas

 

Segundo comunicado divulgado pela Neta Auto do Brasil, a estreia foi adiada porque ainda não foram finalizados os “trâmites legais e burocráticos necessários”, mas que houve “avanços significativos” nos últimos meses, sem citar quais são esses trâmites.

 

A empresa disse ainda que está “complementando o estoque de componentes” em seu centro de distribuição de peças, em São Bernardo do Campo (SP).

 

Durante o Festival Interlagos, em agosto deste ano, a marca havia dito que sua estreia aconteceria em setembro com os modelos Aya e X. Agora, eles começarão a ser vendidos em 1° de novembro, com as primeiras unidades sendo faturadas apenas em 1° de dezembro.

 

O Neta Aya é o modelo de entrada, que brigará com os BYD Dolphin e Dolphin Mini, a partir de R$ 124.900. Ele tem um motor elétrico de 95 cv e 15,3 kgfm, e promete uma autonomia de 263 km pelo ciclo PBEV do Inmetro.

 

O X é um SUV de porte médio, mas menor do que um BYD Song Plus. Ele partirá de R$ 194.900 e terá o mesmo motor elétrico de 163 cv e 21,4 kgfm em todas as três versões, mas baterias diferentes. Para a mais barata, a autonomia prometida é de até 258 km e, nas duas mais caras, de 317 km.

 

O cupê Neta GT, que viria no final deste ano, ficou para 2025, segundo a marca. Ele ainda não teve seus preços divulgados, mas terá duas versões: uma de motor único de 231 cv e outra de dois motores, com 394 cv.

 

Pegou mal?

 

O adiamento das operações teria causado mal estar entre os concessionários da Neta, fazendo com que alguns deles desistissem da representação. Segundo o site Auto+, revendedores teriam ficado frustrados e encerrado as relações com a chinesa – alguns, com espaço físico pronto, estariam dispostos a reaproveitar as instalações para realizar novos acordos com outras marcas.

 

Ainda segundo a publicação, outro ponto teria deixado os concessionários insatisfeitos e os feitos desistir das operações. Uma cláusula no contrato de concessão aponta que, caso a Neta saia do Brasil, os revendedores terão que assumir a responsabilidade pelo pós-venda dos veículos vendidos. (Quatro Rodas/Guilherme Fontana)