AutoIndústria
Com US$ 343,6 milhões importados em setembro, a compra de autopeças chinesas atingiu 2,77 bilhões no acumulado do ano, alta de 24,3% sobre o mesmo período de 2023.
Esse índice de expansão no comparativo anual vem crescendo desde o início do ano, acompanhando a enxurrada de carros chineses eletrificados que entram no Brasil e a consequente necessidade de estoque de peças de reposição.
O aumento das compras de componentes automotivos na China é três vezes maior do que o crescimento das importações totais este ano, cuja alta é de 7,7%, conforme relatório da balança comercial publicado no site do Sindipeças esta semana.
As importações acumularam US$ 15,5 bilhões em nove meses, ante os US$ 14,4 bilhões registrados de janeiro a setembro de 2023. É um movimento que, na análise da entidade, “reflete a atividade econômica brasileira em ritmo acelerado e o bom momento experimentado pelo setor”.
A participação chinesa no total importado está em 17,9%. A maioria das marcas de veículos eletrificados importados daquele país já opera com Centro de Distribuição de Peças, caso da GWM em Cajamar, SP.
No ranking dos países que mais vendem peças para o Brasil, os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com fatia de 10,9%, seguido da Alemanha, com 9,4%.
Déficit comercial cresce 29,5%
No caminho inverso, as exportações registram queda este ano, apesar do desempenho positivo de setembro, quando atingiram US$ 805,2 milhões. O valor foi recorde no ano, representando alta de 24,6% sobre agosto (US$ 646,3 milhões) e de 12,2% em relação ao mesmo mês de 2023.
No acumulado até setembro, contudo, o recuo é de 15,8%. “A diferença entre o valor das exportações e das importações desagua em um déficit comercial de US$ 9,7 bilhões, representando 29,5% a mais em comparação ao déficit observado para o mesmo período em 2023 (US$ 7,5 bilhões)”, revela o Sindipeças.
A Argentina é o principal comprador de peças brasileiras, mas os negócios estão em queda de 23,8%. Atingiram US$ 1,96 bilhão em nove meses, ante total de US$ 2,58 bilhão em idêntico período do ano passado. Na sequência vêm Estados Unidos, com US$ 1 bilhão em autopeças brasileiras adquiridas este ano, queda de 2,5%, e México, com US$ 697 milhões e alta de 2%. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)