AutoIndústria
A Citroën pretende mudar sua realidade de mercado na América Latina, em especial aumentar presença no Brasil, o principal mercado da região, onde não chega a ter 2% de participação nas vendas de automóveis. De passagem pelo País por ocasião do lançamento do Basalt, Thierry Koskas, CEO global da marca, revelou parte do plano que tem sobre a mesa para virar o jogo.
“A Citroën é uma marca francesa muito focada na Europa. Perseguimos o objetivo de crescer fora do continente. Tenho a ambição de conseguir vender um milhão de veículos, 70% na Europa e o restante fora. Até o não passado, a marca vendeu menos de 700 mil. Então, ainda precismos crescer”, resumiu sem definir o prazo, mas deixando claro que o mercado brasileiro, junto com a Argentina, está na prioridade.
Para alçar o voo desejado, o executivo deposita confiança na renovação de linha de produtos do projeto C-Cubed, concluída com o lançamento do Basalt há poucos dias. “Temos agora uma ótima linha de produtos que, achamos, alimentam as necessidades e os desejos do consumidor local, bem como dos de outros mercados da região.”
Koskas entende que o Basalt, em particular, traz algo novo para o mercado com uma carroceria não tão comum com atributos de SUV, além de não se tratar de uma adaptação. “A operação da Citroën na América do Sul faz parte da estratégia de desenvolvimento da marca fora da Europa. Tudo aquilo que foi desenvolvido na plataforma C-Cube para o Basalt saiu da engenharia do Brasil.”
Com produtos projetados para os mercados da região, o CEO da Citroën quer passar uma borracha na percepção local de que os veículos da Citroën são apenas adaptações importadas. “Ainda também uma participação de mercado modesta, mas aos poucos vamos aumentar a confiança do mercado em relação a Citroën. Não é algo que se faça de hoje para amanhã, mas que se constrói ao longo do tempo.”
Koskas adianta que o time de engenharia da Citroën na América Latina não trabalha somente com projetos regionais. “Infelizmente, não posso detalhar. Mas um dos futuros produtos globais da Citroën está em desenvolvimento também aqui”. (AutoIndústria/Décio Costa)