O Estado de S. Paulo
Além da perda de espaço no mercado interno e nos países vizinhos, a indústria automotiva aponta agora para dificuldades logísticas causadas pela forte entrada de carros chineses. Segundo a Anfavea, a liberação das importações de peças está demorando até três semanas a mais do que o normal porque os portos estão abarrotados de veículos vindos da China.
A saída, segundo a Anfavea, tem sido trazer os componentes por via aérea, o que, pelo alto custo do frete, prejudica a competitividade dos carros produzidos aqui. A situação foi apresentada ontem durante a divulgação do balanço da indústria de veículos relativo a setembro.
“Temos um número grande de fretes aéreos para trazer insumos e peças, por falta de condição no transporte marítimo. Os portos estão com volume grande de importações chinesas”, disse o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, que estima que o estoque de carros híbridos ou elétricos importados da China esteja em 80 mil unidades, dada a corrida para trazer os veículos antes do segundo aumento do Imposto de Importação, em julho. (O Estado de S. Paulo/Eduardo Laguna)