Fenabrave revisa para cima projeção de alta na venda de pesados

AutoIndústria

 

A Fenabrave manteve projeção de crescimento de 15% nas vendas de veículos leves anunciada há 3 meses, o que representará perto de 2,5 milhões de unidades este ano. Já com relação aos pesados, a entidade está agora mais otimista e revisou os números para cima.

 

No caso dos caminhões, a alta antes estimada em 12% deve atingir 18,5%, com 123.423 emplacamentos no acumulado do ano, ante os 104.144 de 2023. No mercado de ônibus, a antes programada estabilidade foi trocada por expansão de 5%, com as vendas subindo de 24.622 no ano passado para 25.853 em 2024.

 

Segundo a entidade, o PIB acima do previsto inicialmente, agora estimado em 2,9%, tem sido decisivo no desempenho positivo no segmento de caminhões. Com relação aos ônibus, o programa Caminho da Escola é o principal responsável pelo crescimento agora projetado para o ano.

 

Com 11.218 licenciamentos em setembro, o segmento de caminhões mostrou estabilidade na comparação com agosto, mas expressivo crescimento de 33% sobre idêntico mês do ano passado (8.424). No acumulado dos nove meses, esse mercado registra evolução de 7,5%, de 75,8 mil para 89 mil no comparativo interanual.

 

O segmento de ônibus retraiu em setembro sobre agosto, com, respectivamente, 2.449 e 2.885 unidades, mas no acumulado do ano verifica-se aumento de 4%, de 18.874 pE 19.630 unidades.

 

O presidente da Fenabrave, José Andreta Júnior, comenta que o mercado de caminhões ganhou tração no segundo semestre de 2024: “Os meses de julho, agosto e setembro mostraram números muito consistentes, com uma média bem superior às registradas no primeiro semestre”.

 

Na sua avaliação, as vendas foram impulsionadas  pela melhora no agronegócio e a retomada da construção civil e da indústria no geral, que implicaram no aumento de previsão do PIB no País.

 

No caso dos ônibus, que começou o ano em retração, a retomada vem sendo mais gradativa: “Em função das negociações do Programa Caminho da Escola em espera, por conta do período eleitoral, o último trimestre deve ser aquecido para o segmento e prevemos crescimento no acumulado do ano, se isso ocorrer”, afirma Andreta Jr. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)