Eletrificados perdem o fôlego em setembro, mas dobram vendas no ano

AutoIndústria

 

Em setembro, automóveis e comerciais leves eletrificados registraram apenas o sétimo melhor resultado mensal de vendas de 2024. No mês passado, o subsegmento de novas tecnologias teve menos de 13,3 mil licenciamentos, queda de 9,5% diante das unidades contabilizadas no mês anterior e acima somente dos volumes de janeiro e fevereiro, historicamente mais fracos.

 

O desempenho ao longo do ano, porém, não deixa dúvidas quanto à tendência de participação crescente dos veículos híbridos, híbridos plug-in e elétricos a bateria. O resultado acumulado nos nove primeiros meses, segundo a Fenabrave, é de 122,6 mil unidades comercializadas, robusto crescimento de nada menos do que 113% na comparação com igual período de 2013.

 

As novas tecnologias, assim, representam 7% das vendas totais no mercado interno, que superaram 1,75 milhão de janeiro a setembro. Com 45,7 mil unidades, os modelos movidos exclusivamente a bateria, representam ainda 2,6% do total, enquanto híbridos e híbridos plug-in somaram 76,9 mil emplacamentos — os plug-in à frente com 39,5 mil licenciamentos —, 4,4% de participação.

 

O número chama a atenção porque somente ainda a Toyota dispõe de modelos nacionais híbridos, condição que deve mudar até o fim deste ano com o lançamentos dos primeiros Fiat dotado de sistemas leves e fabricados pela Stellantis em Betim, MG.

 

Corolla e Corolla Cross, os dois híbridos nacionais, respondem pela quase totalidade dos 1,7 mil híbridos Toyota vendidos no mês passado e dos 15,7 mil ao longo de 2024 — há números residuais dos importado Rav 4 plug-in.

 

A marca é a terceira que mais vende híbridos no País. Perde, por pouco, para as chinesas e ainda importadoras BYD e GWM, que negociaram, respectivamente, 18,2 mil e 15,9 mil unidades.

 

O quadro muda bastante quando se avalia os negócios totais de eletrificados, incluídos os elétricos portanto. Sem modelos movidos exclusivamente a bateria, a Toyota segue em terceiro, mas vê a GWM ganhar frente com o acréscimo de 4,8 mil elétricos, totalizando 20,7 mil eletrificados.

 

Já a BYD estabeleceu outro patamar. Só de elétricos puros vendeu 33,1 mil automóveis e comerciais leves. Na soma com os híbridos, chega a 51,3 mil eletrificados, 42% do segmento, e volume que a coloca como a décima colocada no ranking geral de marcas.

 

Considerados só os elétricos, a participação sobe para 73%. Na prática, sete de cada dez elétricos vendidos no Brasil em 2024 carregam o logotipo da marca que começará a fabricar automóveis em Camaçari, BA, em 2025. Os 30% restantes são divididos por duas dezenas de empresas.

 

A BYD ainda faz dobradinha na ponta do ranking de elétricos mais vendidos, com Dolphin Mini tendo acumulados 15 mil emplacamentos e Dolphin, que somou 12,9 mil. (AutoIndústria/George Guimarães)