Motor 1
Depois de confirmar os planos para trazer o K3 Sedan ao Brasil, o Grupo Gandini, responsável pelas operações da Kia Motors por aqui, também revelou que a marca tem interesse em trazer o K3 hatch para cá. A dupla de modelos compactos da Kia é fabricada no México e poderia desembarcar em nosso mercado já no final de 2025.
O atual Kia K3 hatch foi revelado no México em outubro do ano passado. Seu design, batizado pela Kia de “Opposites United”, combina faróis estreitos e bem integrados à grade com LEDs que avançam sobre o para-choque. Na traseira, o destaque fica por conta da tampa do porta-malas com formato reto e atravessada por lanternas interligadas. A versão das fotos, batizada de GT-Line, tem rodas de 17 polegadas, antena tipo shark, saída dupla de escapamento e outros.
No interior, destaque para a integração do quadro de instrumentos com a tela de entretenimento de 10,25 polegadas em uma única peça. Há ainda volante inspirado no elétrico EV6, painel minimalista e com linhas horizontais. Entre os equipamentos, há Apple CarPlay e Android Auto sem fio, portas USB tipo C, ar-condicionado de duas zonas, 6 airbags, ESP, sistemas de frenagem automática e detector de pontos cegos.
Ao todo, o modelo tem 4.295 mm de comprimento, 1.495 mm de altura e 1.765 mm de largura. No porta-malas, é possível acomodar 390 litros. Para efeito de comparação, o Rio que era vendido no Brasil tinha 4.065 de comprimento, 1.450 mm de altura e 1.725 mm de largura. A própria Kia admite que o novo K3 seria um substituto para o Rio, que teve vida curta por aqui. No entanto, as medidas do novo hatch são até maiores que de modelos compactos de peso em nosso mercado, como Volkswagen Polo e Hyundai HB20.
A questão é a motorização. No mercado mexicano, o Kia K3 oferece somente motores aspirados. São usados um 1.6 aspirado de 125 cv (o mesmo do velho Rio) e 2.0 também aspirado de 154 cv. O câmbio poderá ser manual ou automático, sempre de 6 marchas. Para mercados de exportação, há ainda um motor 1.4.
Um dos pontos colocados pelo Grupo Gandini tanto para o K3 hatch quanto para o Sedan, porém, é o índice de nacionalização desses carros. Para não sofrer com taxas extras, precisariam ter ao menos de 60% de conteúdo com origem no Brasil. Uma das alternativas em estudo atualmente é a adoção conjunto motriz dos Hyundai HB20, composto por um motor 1.0 turbo flex e câmbio automático de 6 marchas. Ainda é possível ter um sistema de eletrificação micro-híbrido, usando a arquitetura usada no Kia Stonic, que tem o mesmo 1.0 turbo rodando apenas com gasolina. (Motor 1/Thiago Moreno)