Balança comercial de autopeças tem saldo negativo de US$ 7,4 bilhões nos sete meses deste ano

Transporte Moderno

 

A indústria de autopeças mantém desde o início do ano saldo negativo em sua balança comercial. Com as constantes quedas das exportações e o persistente aumento das importações, as fabricantes fecharam o acumulado de janeiro a julho de 2024 com déficit de US$ 7,4 bilhões, o que representou aumento de 27,3% sobre o mesmo período de 2023, quando o resultado negativo foi de US$ 5,8 bilhões, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

 

Segundo o Sindipeças, em julho as exportações de autopeças aumentaram 16,9%, atingindo US$ 647,9 milhões, na comparação com os US$ 554,4 milhões de junho deste ano, mas em relação a julho do ano passado (US$ 815,5 milhões) a retração foi de 20,5%.

 

De janeiro a julho deste ano as exportações alcançaram US$ 4,38 bilhões, com queda de 17,9% em comparação com os US$ 5,34 bilhões registrados nos sete meses do ano passado.

 

“A recuperação da produção e das vendas automotivas no mercado interno (5,3% e 13,2% até julho, respectivamente) e as dificuldades enfrentadas por mercados de nosso interesse, como a Argentina, explicam o que vem acontecendo com as vendas externas do setor”, esclarece o Sindipeças.

 

Nas importações a movimentação de julho atingiu US$ 1,88 bilhão, aumento de 17,8% em relação a junho deste ano, quando as compras externas pelas empresas atingiram US$ 1,59 bilhão. Na comparação com julho do ano passado (US$ 1,58 bilhão) o crescimento foi de 18,9%.

 

No acumulado de janeiro a julho deste ano as importações atingiram US$ 11,78 bilhões, 5,6% a mais do que em igual período do ano anterior (US$ 11,15 bilhões), segundo o Sindipeças.

 

Importações

 

As importações acumuladas de janeiro a julho deste ano mostram a força da China, que continua como um dos principais parceiros comerciais das fabricantes de autopeças entre os 175 países, com US$ 2,07 bilhões, 20,4% a mais que nos sete meses de 2023, e a participação foi de 17,6% nas compras totais das empresas.

 

Em seguida, os Estados Unidos, com US$ 1,28 bilhão, retração de 7,9% em relação aos sete meses do ano passado e 10,9% de participação. A Alemanha teve 9,3% de representatividade, com o total de US$ 1,09 milhão, 0,6% inferior a janeiro e julho de 2023. O Japão, que aparece em quarto lugar no ranking, teve 8,3% de participação, com US$ 978,3 milhões, 3,1% a mais do que no mesmo período do ano anterior, e o México, quinto lugar, assegurou 7,1% de participação, com US$ 842,8 milhões, aumento de 0,3%.

 

Exportações

 

Nas exportações destinadas para 197 países nos sete meses deste ano, a Argentina se manteve-se como principal parceiro comercial do setor, com 33,1% de participação nas compras do Brasil, mas o montante de US$ 1,45 bilhão, foi 25,4% inferior ao registrado no mesmo período de 2023, quanto atingiu (US$ 1,94 bilhão).

 

Os Estados Unidos continuam em segundo lugar no ranking de compras do Brasil com US$ 775,5 milhões, que garantiu 17,7% de participação, sendo 5,0% inferior aos sete meses do ano passado.

 

Na sequência aparece o México, que absorveu US$ 527,3 milhões, 2,0% superior ao mesmo período do ano passado, ficando com 12,0% do total, e a Alemanha, que teve 5,5% de participação, com US$ 241,7 milhões, queda de 38,4% sobre janeiro a julho de 2023.

 

O Chile aparece em quinto lugar, com US$ 131,8 milhões, aumento de 14,6% em relação aos sete meses de 2023 e 3% de participação nas compras de componentes, segundo o Sindipeças. (Transporte Moderno/Sonia Moraes)