AutoIndústria
Além do modelo elétrico 17-E BEV, também é destaque no estande da Iveco Bus na Lat.Bus no Expo São Paulo o BUS 17-210 G, movido a gás natural e biometano que está em fase de homologação no Brasil para início de testes em clientes locais ainda este ano, daqui três ou quatro meses.
Produzido na fábrica de Córdoba na Argentina, o chassi foi apresentado como protótipo há dois anos, na última edição da Lat.Bus. Na época, o foco era o mercado do país vizinho, mas agora a montadora vê espaço para seu lançamento no Brasil.
“O 17-210 G pode ter a eficiência quase tão boa quanto a de um ônibus elétrico, com custo de aquisição três a quatro vezes inferior”, comentou Danilo Fetzner, vice-presidente da Iveco. “De olho no futuro, desenvolvemos soluções multienergéticas que contemplem as diferentes demandas na área de transporte de passageiro”.
Os interessados poderão realizar test-ride com BUS 17-210 G na feira da capital paulista, que está com as portas abertas ao publico de terça-feira, 6 até quinta-feira, 8.
Segundo Fetzner, o modelo produzido na Argentina tem alto potencial de aplicação, principalmente para transporte urbano: sua configuração vai ao encontro da estrutura já existente em cidades com distribuição de GNV ou produção de biogás, além de ser uma alternativa econômico-financeira interessante para o transporte sustentável no Brasil e na América Latina.
“Por causa da crise na Argentina, teremos disponibilidade de oferecer o modelo a gás natural e biometano já a partir de novembro/dezembro deste ano, para que os ônibus estejam rodando por aqui em 2025”, informou o VP.
Com opção para até 9 cilindros para armazenamento, o BUS 17-210 G entrega autonomia de até 350 quilômetros de abastecimento é rápido e pode ser realizado em cerca de 20 minutos, assegurando a flexibilidade nas garagens e um menor tempo de ônibus parado.
Em operação, segundo Paulo Kazuto, especialista de Marketing Produto da Iveco Bus, o uso do gás natural entrega vantagens ambientais como reduções de 90% do dióxido de nitrogênio (NO2) e de 10% de dióxido carbono (CO2). Abastecido com biometano, a emissão de CO2 pode ser até 95% inferior. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)