O Estado de S. Paulo
O quarto leilão promovido pela estatal Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) para venda de óleo superou os esperados R$ 15 bilhões e arrecadou R$ 17 bilhões com a venda de 37,5 milhões de barris referentes à participação da União nos campos de Mero e Búzios, na Bacia de Santos. Dos quatro lotes ofertados, a Petrobras arrematou dois – os lotes 1 e 4 –, ficando com 14,5 milhões de barris de petróleo. A chinesa CNOCC levou o lote 2, com 12 milhões de barris, enquanto a PetroChina ficou com o lote 3, com 11 milhões de barris.
Foi o primeiro leilão da PPSA este ano. Organizado pela B3, a Bolsa de Valores brasileira, também participaram do leilão a Refinaria Mataripe e as empresas Galp, Prio, Shell e TotalEnergies. Dos quatro lotes, três tiveram o vencedor definido em disputa a viva-voz, e em todos a Petrobras participou da disputa.
Outra finalidade
Depois do leilão, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que pretende discutir com o Ministério da Fazenda a possibilidade de utilizar parte dos recursos arrecadados para reduzir o impacto da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) nas tarifas de energia. Pelas regras do regime de partilha, os valores arrecadados devem ser direcionados para as áreas de Saúde e Educação.
Silveira disse que não tem um porcentual definido para esse aporte na CDE, caso aconteça. “É uma discussão salutar que tenho com a Fazenda, que a gente possa usar os recursos para minimizar os impactos da CDE na conta dos consumidores de energia do Brasil”, afirmou ele, após o leilão.
Maior licitação
O montante de óleo estimado para o leilão de ontem é o maior já licitado e equivale a uma entrega de aproximadamente 66 cargas de 500 mil barris em 2025. Esses volumes são estimativas da futura parcela de petróleo da União nesses campos, e contemplam também as incertezas inerentes ao processo de produção. (O Estado de S. Paulo/Wilian Miron)