BYD King chega com virtudes para atrair clientes do Toyota Corolla

O Estado de S. Paulo/Jornal do Carro

 

A BYD faz sucesso no Brasil com hatches elétricos e SUVs, sobretudo o híbrido Song Plus. Agora, a marca chinesa avança para um novo território – de sedãs médios –, ao trazer o King, que chega para desafiar o Toyota Corolla, líder de vendas do segmento.

 

A BYD aposta no conjunto formado pelo bom espaço interno, sistema de propulsão potente e moderno e preço até R$ 14,3 mil mais baixo – na comparação entre as versões de entrada. A tabela do King parte de R$ 175.800, na opção GL, e de R$ 187.800 na GS, de topo. Na opção híbrida, o Corolla vai de R$ 190.120 a R$ 200.910.

 

O BYD tem kit multimídia com tela giratória de 12,8 polegadas e espelhamento de Android Auto e Apple CarPlay, quadro de instrumentos digital de 8” e faróis de LEDs com ajustes e acionamento automático. Além disso, traz volante multifuncional com regulagem de altura e profundidade, carregamento de celular sem fio, banco do motorista com comandos elétricos, rodas de 17”, direção elétrica, assistente de partida em rampas, controlador de velocidade e freio de estacionamento eletrônico. Há, ainda, sensores de obstáculos na frente e atrás, câmera de 360° e Wi-Fi, entre outros.

 

A versão GS acrescenta arcondicionado de duas zonas, ajuste elétrico do banco do passageiro, iluminação interna multicolor e oito alto-falantes, ante seis na GL. Porém, diferentemente do Corolla, não há sistemas de assistência à condução, como controle de velocidade adaptativo, sensor de ponto cego e assistente de mudança involuntária de faixa.

 

O King tem desenho sóbrio, com destaque para a grande grade dianteira. A caída do teto atrás cria um estilo que remete à cupês, sem comprometer o espaço. O porta-malas, de 450 litros, é 20 litros menor que o do Corolla. O BYD não tem estepe – há apenas kit de reparo emergencial de furos.

 

Espaçoso

 

Nas dimensões, o BYD é pouco maior que o Toyota. São 4,78 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,49 m de altura o e 2,72 m de entre-eixos. No Corolla, são 4,63 m, 1,78 m, 1,45 m e 2,70 m.

 

O acabamento interno agrada. Há poucas peças de plástico duro – a maioria é macia.

 

Os bancos são revestidos de material sintético perfurado. O do motorista traz regulagem de altura – no do passageiro, esse recurso está apenas na versão de topo do sedã. Quem viaja atrás conta com saídas de arcondicionado e portas USB. O espaço é bem amplo e recebe bem até três passageiros.

 

Nas duas versões, o sedã traz o sistema híbrido DM-i, igual ao do SUV Song Plus. Há motor 1.5 a gasolina, que gera 110 cv de potência e 13,8 mkgf de torque, e outro elétrico.

 

Na versão GL, o sistema elétrico tem 8,3 kWh, gera 179 cv e 32,2 mkgf. Na GS, são, respectivamente, 18,3 kWh, 197 cv e 33,2 mkgf. Nessa ordem, a potência total é de 209 cv e 235 cv.

 

Segundo a BYD, a versão de topo pode rodar 25,6 km com um litro de gasolina e tem autonomia de até 1.200 quilômetros, no método de medição chinês. No modo 100% elétrico, a autonomia é de 80 km, conforme dados do Inmetro.

 

Desempenho

 

Num curtíssimo test drive, feito no estacionamento de um shopping center da capital paulista, tivemos o primeiro contato com a versão GL. Na comparação com o Corolla híbrido, que estava disponível no evento, deu para comprovar que o King tem respostas mais espertas.

 

Como em boa parte do tempo o sedã estava no modo elétrico, com torque imediato, foi muito ágil. Bom também é o raio de giro, de 5,1 metros.

 

A seleção do câmbio é por botão giratório no console central. Não se trata de CVT, mas, segundo a BYD, de um sistema integrado dos dois motores. Não há marchas virtuais.

 

Conforme a BYD, o carro vai de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos (7,5 s na versão GS) e alcança 185 km/h de máxima. No modo 100% elétrico, a velocidade chega a 130 km/h. Há três opções de modos de condução: Sport, Eco e Normal.

 

A direção elétrica é precisa e a posição de guiar, ligeiramente elevada, agrada. Como é de praxe em modelos eletrificados, o silêncio a bordo é outro bom destaque. (O Estado de S. Paulo/Jornal do Carro/Vagner Aquino)