BYD King se candidata a anti-Corolla da vez

AutoIndústria

 

Há anos a liderança do Toyota Corolla no segmento de sedãs médios sequer é ameaçada. No ano passado, o modelo fabricado em Indaiatuba, SP, deteve 77% dos licenciamentos da categoria, tendo o importado Nissan Sentra na segunda coloçação com distantes 7% de participação.

 

Em 2024, a fatia do Corolla recuou a 65%, mas a vantagem para o Sentra, agora com 10%, continua abissal. A participação do líder, entretanto, pode ser ainda menor até dezembro. Na próxima terça-feira, 18, o segmento, que já tem listadas duas dezenas de concorrentes, ganhará mais uma opção e novo potencial candidato a incômodo do Corolla: a BYD apresentará o também importado King.

 

O primeiro lote do modelo chegou ao Porto de Suape, PE, no fim do mês passado a bordo do Explorer, navio próprio da montadora, compondo a remessa total de mais de 5,4 mil veículos da marca.

 

Também fabricado na China, o King mede 4,78 m de comprimento, 1,83 m de largura e tem excelentes 2,71 m de entre-eixos. Supera o campeoníssimo Corolla — 4,63 m, 1,78 m e 2,70 m, respectivamente — nas três medidas.

 

O novo representante da marca chinesa deve concorrer com as versões superiores do Corolla, já que é dotado de motorização híbrida plug-in.

 

O conjunto reúne um motor 1.5 a combustão e outro elétrico, que desenvolvem torque de 33,1 kgfm e 204 cv de potência. Na China, dispõe de versão com bateria de 8,3 kWh e, na mais cara, de 18,3 kWh, que pode assegurar autonomia de até 1,2 mil km, considerados os dois motores. Ambas devem ser ofertadas aqui também.

 

O King não é a única novidade prevista pela BYD para o mercado brasileiro em 2024. Além do Song Pro, nova versão do SUV, a picape híbrida Shark já está confirmada para o segundo semestre e comporá o portfólio com o qual a marca pretende subir, ainda este ano, pelo menos mais uma ou até duas posições no ranking de vendas.

 

Já aparece no 10º lugar, com 27,1 mil veículos nos primeiros cinco meses do ano, quase 4% do total de automóveis de passeio negociados no período.

 

Em fevereiro, quando do lançamento do Dolphin Mini, seu modelo de entrada, Henrique Antunes, diretor de Vendas e Marketing, afirmou que a empresa projetava vender 120 mil veículos no Brasil em 2024.

 

Em recentes manifestações, porém, executivos da marca reviram a estimativa para algo em torno de 100 mil unidades, ainda assim quase seis vezes mais do que as 17,9 mil unidades negociadas em 2023, com o SUV Song Plus no papel de modelo mais vendido, com 7,7 mil licenciamentos.

 

Só no acumulado de janeiro a maio deste ano, o utilitário esportivo já ultrapassou o resultado de 2023. Mas, com 8,1 mil unidades emplacadas, está empatado com o Dolphin e pouca coisa à frente do Dolhin Mini, que atingiu 7,7 mil unidades e deve ser o carro mais vendido da marca em 2024. No mês passado, foram vendidos 2,1 mil Mini, contra menos de 1,6 mil do SUV. (AutoIndústria/George Guimarães)