Após protesto de um dia, metalúrgicos da Renault voltam ao trabalho

AutoIndústria

 

Após um dia de protesto, com a consequente paralisação da produção por 24 horas, os funcionários da Renault decidiram em nova assembleia realizada na tarde de ontem, quarta-feira, 12, pelo retorno ao trabalho.

 

Segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba, nova assembleia está programada para o próximo dia 20, quinta-feira da semana que vem, quando será feito um balanço quanto a eventuais avanços nas negociações com a montadora.

 

A Renault, por sua vez, mantém posição divulgada na última terça-feira, 11, após os trabalhadores terem decretado a greve de um dia, de só manter negociações a partir de agora por meio da Justiça do Trabalho.

 

A montadora já havia tomado essa decisão quando os metalúrgicos rejeitaram proposta de PLR, Participação nos Lucros e Resultados, de R$ 25 mil, e só voltou a negociar com o sindicato após os trabalhadores retornarem ao trabalho no último dia 5.

 

Nesta semana, por meio de novo comunicado, deixou claro que estava retomando o processo de dissídio coletivo, ou seja, o TRT, Tribunal Regional do Trabalho, passa a ser o responsável por decidir as condições do Acordo Coletivo de Trabalho deste ano.

 

Além da PLR de R$ 25 mil, a Renault propôs aumento real de 0,5% em setembro e a contratação de forma temporária de 70 operadores para evitar sobrecarga de trabalho dos funcionários das linhas de montagem.

 

O sindicato vem insistindo na necessidade de 300 contratações. Segundo a entidade, há denúncias de trabalhadores que têm de esperar até 40 minutos para poder ir ao banheiro.

 

“O índice de engajamento do trabalhador na linha de produção está em 95%, ou seja, dentro do processo de trabalho, o trabalhador tem apenas 5% de tempo para dar uma respirada ou ir ao banheiro. Estamos cobrando que empresa baixe esse índice para 85% ou menos”, informa o SMC. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)