Transporte Moderno
A produção de caminhões atingiu em maio 11.172 unidades, o que representou uma queda de 4,2% em relação a abril (11.656 unidades), mas um crescimento de 33,1% em relação a maio de 2023 (8.392 unidades), segundo a Associação Nacional do Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No acumulado de janeiro a maio a produção de caminhões totalizou 52.155 unidades, 29,9% superior aos 40.144 veículos fabricados no mesmo período de 2023.
“A retração na produção em maio ocorreu porque abril teve um dia útil a mais, mas no comparativo com maio de 2023 já notamos estabilidade e quando olhamos o acumulado do ano vemos um crescimento expressivo de caminhões”, esclareceu Eduardo Freitas, vice-presidente da Anfavea.
Do total de caminhões produzidos de janeiro a maio deste ano 31.678 unidades são modelos pesados, 12.217 semipesados, 6.947 leves, 987 médios e 326 semileves.
Emplacamentos
Em maio foram emplacados 9.547 caminhões, redução de 11,3% em relação a abril deste ano (10.758 unidades), mas um aumento de 16,1% sobre maio do ano passado, quando foram vendidos 8.223 caminhões no país.
No acumulado de janeiro a maio deste ano, a venda de 46.785 caminhões foi 4,8% superior aos 44.663 veículos comercializados nos cinco meses de 2023.
“A diferença de 1.211 unidades a menos nas vendas em maio deve-se ao fato de abril ter um dia útil a mais e também porque os emplacamentos no Rio Grande Sul tiveram redução significativa”, explicou Freitas e acrescentou: “O crescimento expressivo em relação a maio de 2023 indica que o mercado de caminhões está voltando à normalidade.”
Do total de caminhões vendidos até maio deste ano, 24.626 unidades são modelos pesados, 12.287 semipesados, 3.705 leves, 3.540 médios e 2.647 semileves.
Ranking
No ranking do setor a liderança ficou com a Volkswagen Caminhões e Ônibus com a venda de 11.696 caminhões de janeiro a maio deste ano 2,3% a mais que no mesmo período de 2023 (11.438 unidades), e o segundo lugar é ocupado pela Mercedes-Benz, com 9.373 veículos comercializados no país, 11,4% abaixo dos cinco meses de 2023 (10.577 unidades) e o terceiro pela Volvo, com 8.457 veículos emplacados, 13,5% superior ao período de janeiro a maio de 2023 (7.449 unidades).
A Scania, quarta colocada, vendeu 7.714 caminhões até maio, 84,5% a mais que nos cinco meses do ano passado (4.181 unidades), e a DAF, que está em quinto lugar, comercializou 3.800 caminhões de janeiro a maio, 29,9% acima dos cinco meses de 2023 (2.926 unidades). A Iveco, que ocupa o sexto lugar, vendeu 3.073 veículos, 23,7% a menos que janeiro a maio de 2023, quando o volume totalizou 4.025 unidades.
Exportação
A exportação de caminhões apresentou bom desempenho em maio, com 1.288 veículos, 8,4% acima de abril deste ano (1.188 unidades), mas em relação a maio de 2023 (1.304 unidades) a queda foi de 1,2%. No acumulado de janeiro a maio a retração chegou a 14,4%, com 5.798 unidades, ante os 6.773 veículos exportados nos cinco meses de 2023.
Do total de caminhões exportados, 3.371 unidades são modelos pesados, 1.662 semipesados, 502 leves, 141 semileves e 122 leves. “As exportações continuam sendo um desafio para o setor automotivo”, disse
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea. “A questão do custo Brasil é um ponto muito importante de alerta, pois as nossas exportações continuam perdendo força. Os mercados de destinos, principalmente o Chile, a Colômbia e a Argentina, continuam sendo impactados por questões econômicas. Em relação ao México os embarques têm apresentado crescimento, mas em geral as exportações têm enfrentado desafios e também foram impactadas pelas paralisações que ocorreram durante o mês de maio.”
Em CKD (veículos desmontados) foram exportados 4.634 veículos pesados de janeiro a maio deste ano – 3.191 caminhões e 1.443 ônibus –, retração de 35,32% em relação aos 7.166 veículos pesados vendidos no exterior nos cinco meses de 2023 – 5.840 caminhões e 1.326 ônibus.
O presidente da Anfavea disse que em junho fará revisão sobre as projeções para todo o setor automotivo em 2024. “Aí teremos elementos suficientes para fazer alterações das estimativas para cima ou para baixo”, destacou Leite. (Transporte Moderno/Sonia Moraes)