AutoIndústria
Apesar da queda de 11,27% na comparação com abril, o desempenho do mercado de caminhões em maio é positivo no comparativo com o mesmo mês do ano passado — alta de 18,6% — e também nos primeiros cinco meses de 2024.
Foram 45.796 emplacamentos no acumulado do ano, uma expansão de 7,5% ante os 42.614 registrados em idêntico período de 2023. As vendas atingiram 9.360 unidades em maio, desempenho inferior ao de abril em função, principalmente, do menor número de dias úteis — 21 dias contra 22 — em razão de feriados.
Ao divulgar os números, o presidente da Fenabrave, José Andreta Jr., comentou que o agronegócio e setores industriais seguem impulsionando as vendas no segmento. Destacou, contudo, que há hoje aumento importante na demanda por parte da construção civil e também por locação de caminhões:
“Para não investir seu capital de giro neste momento, algumas empresas de transporte estão dando preferência a alugar os veículos ao invés de ampliar a frota própria”.
Ônibus em queda
Ao contrário do segmento de caminhões, o de ônibus apresenta queda em todos os comparativos. As vendas atingiram 1.683 unidades em maio, retração de 22,9% sobre abril e de 24,5% em relação ao mesmo mês de 2023.
No acumulado do ano foram comercializados 9.184 ônibus, volume 18,6% inferior ao de idêntico período do ano passado (11.284). Os números são frustrantes, segundo Andreta Jr., considerando a expectativa da realização de negócios atrelados ao Programa Caminho da Escola.
“No caso dos ônibus, vale lembrar que se trata de um setor com menores volumes e, por isso, pequenas variações dos emplacamentos têm grande impacto nos porcentuais. Até agora, as prefeituras não têm efetivado os pedidos do Caminho da Escola como havíamos estimado. A renovação natural da frota talvez possa ajudar a impulsionar o setor, mas ainda não temos como prever isso com exatidão”, analisa o presidente da Fenabrave. (AutoIndústria)