Portal Terra
Há mais de 40 anos, um automóvel surpreendeu o mundo dos ralis não apenas com um desempenho acima do esperado para um modelo de turismo, mas com um sistema de tração integral que viria a ser a marca registrada dos produtos dessa empresa, destinados ao motorista comum. Comum? Nem tanto. Estamos falando da Audi e seu famoso Audi Quattro, que foi produzido de 1980 a 1991 com o objetivo principal de participar das provas internacionais em estradas de terra.
O Audi Quattro desmistificou o sistema 4×4 de tração integral e assombrou as pistas com seu motor de mais de 500 cv, sendo que alguns desses carros também foram vendidos ao público ávido por automóveis de rua de grande desempenho. Atualmente, fica difícil desvincular a imagem de qualquer modelo da Audi do sistema de tração integral Quattro.
Essa é a razão de a Audi nos oferecer novamente seus modelos mais “populares” – digamos assim – com o sistema Quattro. Audi A4 e A5 da geração atual, que chegaram em 2015, tinham esse sistema, mas isso lhes foi tirado em 2021, o que ocasionou uma fuga da marca das quatro argolas em direção às marcas concorrentes. Afinal, quem é que quer um Audi sem a tração Quattro?
Com um bom tempo pela frente até a chegada da próxima geração dos Audi A4 e A5, a opção de voltar a oferecer o melhor da marca em seus sedãs compactos é uma tentativa de retomar os seus números de mercado. Assim, a Audi apresentou na semana passada seus novos A4 e A5 Sportback e fez com que os presentes no evento relembrassem as virtudes de uma tração integral com um test drive em pista molhada no Campo de Provas da GoodYear, em Americana, interior de São Paulo.
Com a volta da tração Quattro, os dois modelos da Audi tiveram um ajuste de preços, mas que, sinceramente, valem o investimento em favor da tecnologia, da segurança e do prazer em dirigir. E não haverá mais a oferta do A4 nem do A5 com a tração dianteira “normal”.
O Audi A4 é um sedã tradicional, de aparência distinta, mas que mantém um pouco do DNA esportivo da marca, mesmo com seu motor 2.0 Turbo FSI de quatro cilindros em linha de 204 cv (esse motor já foi oferecido com mais potência). O câmbio é um Stronic de sete marchas.
A versão de entrada do Audi A4 é a Sedan Prestige Quattro, que mantém uma longa lista de bons e desejados equipamentos de série como qualquer automóvel que custa R$ 333.990 deveria ter. Mas adiciona, nesta versão, bancos traseiros rebatíveis em 40/20/40 e faróis e lanternas de leds, com indicador dinâmico nas setas.
A versão mais equipada do Audi A4 é a Sedan S-line Quattro, que tem a mais, em relação à de entrada, ar-condicionado automático de três zonas, bancos esportivos com ajustes elétricos e com memória para o motorista, teto solar elétrico e volante esportivo revestido de couro, entre outros detalhes.
No exterior, a versão S-line pode ser reconhecida pelo kit S-line, com destaque para os frisos cromados e as novas rodas de liga leve de 19 polegadas. Completam essa diferenciação os sistemas de controle de cruzeiro adaptativo ACC e de aviso de saída de faixa LDW, além do sistema de áudio e entretenimento com navegação com dez alto-falantes e potência de 180 watts. O Audi A4 S-line custa R$ 359.990.
Compartilhando a plataforma e o conjunto mecânico do A4, o Audi A5 Sportback também está disponível em duas versões de acabamento e equipamentos. A de entrada é a Advanced Quattro, que vem com assistente de estacionamento com auto hold, pacote de luz ambiente, sistema start/stop, teto solar panorâmico e sistemas ACC e LDW. Essa versão custa R$ 359.990.
O Audi S5 Sportback S-line Quattro tem como adicionais os mesmos itens da versão S-line do A4 e mais as rodas de 20 polegadas de diâmetro e custa R$ 394.990. Assim como para o Audi A4, todas as versões oferecem uma boa lista de equipamentos opcionais. (Portal Terra/Gabriel Marazzi)