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O mercado de ônibus mantém a perspectiva positiva para 2024 ao atingir em abril a produção 2.208 veículos, volume 6,9% superior aos 2.626 modelos fabricados em março deste ano. Em relação a abril de 2023 (1.628 unidades) o avanço foi expressivo com o acréscimo de 72,5%, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
No acumulado de janeiro a abril deste ano, o setor também registrou aumento expressivo de 64,8% na produção de ônibus, que totalizou 9.298 unidades, em comparação com os 5.643 veículos fabricados no primeiro quadrimestre de 2023.
Eduardo Freitas, vice-presidente da Anfavea, atribuiu esse crescimento a dois fatores: as eleições municipais que fazem com que ocorra antecipação de compras por parte dos municípios e de renovação de frotas, e o programa Caminho da Escola, com a movimentação de entrega os ônibus escolares no fim do primeiro trimestre deste ano, o que tem levado as montadoras a acelerar a produção. “De maneira geral temos um mês bastante positivo e seguimos com otimismo moderado, com viés de alta e retornando à normalidade para o segmento de ônibus”, disse Freitas.
Do total de ônibus produzidos no primeiro quadrimestre deste ano, 7.842 são modelos urbanos, que tiveram aumento de 58,4% em relação ao mesmo período do ano passado. E 1.456 são modelos rodoviários, que registram elevação de 110,7% sobre os 691 veículos produzidos de janeiro a abril de 2023.
Vendas
Os números de emplacamentos também mostram um desempenho positivo para o mercado de ônibus, com 1.736 veículos vendidos em abril, o que representou aumento de 7,6% sobre março deste ano e de 23,2% sobre abril do ano passado (1.409 unidades). Mas no acumulado de janeiro a abril deste ano houve um decréscimo de 23,5% nas vendas que atingiram 5.839 veículos, ante as 7.628 unidades comercializadas no primeiro quadrimestre de 2023.
O vice-presidente da Anfavea comentou que a situação do mercado de ônibus é particular e atribuiu retração no emplacamento de ônibus no primeiro quadrimestre de 2024 às entregas de veículos ao programa Caminho da Escola que ocorreram até março de 2023. “Neste ano, os ônibus começaram a ser entregues em março. Estamos numa curva ascendente de crescimento e esperamos que nos próximos meses as vendas de ônibus já superem os números de abril”, comentou Freitas. “A expectativa segue positiva, com otimismo moderado e de retorno à normalidade também do ponto de vista de emplacamentos”, acrescentou.
Ranking de vendas
No ranking do primeiro quadrimestre de 2024, a liderança ficou com a Mercedes-Benz, com venda de 3.031 ônibus, 14,4% a menos que no acumulado de janeiro a abril de 2023 (3.542 unidades). O segundo lugar ficou com a Volkswagen Caminhões e Ônibus, que vendeu 1.277 veículos, 42% abaixo do mesmo período do ano anterior (2.203 unidades). E o terceiro com a Agrale, que comercializou 976 veículos, 23,3% superior aos quatro primeiros meses de 2023 (976 unidades).
Na sequência, está posicionada a Iveco, que vendeu 220 ônibus até abril, 63% a mais que no primeiro quadrimestre do ano passado (135 unidades); a Scania com 183 ônibus vendidos, 128,8% superior ao mesmo período de 2023 (80 unidades). A Volvo registrou 148 veículos comercializados no país, com queda de 59,1% sobre janeiro a abril do ano passado (362 unidades).
Exportação
Nas exportações, o segmento de ônibus também vem mantendo bom desempenho, com 448 veículos embarcados em abril, 0,9% acima de março deste ano (404 unidades) e 34,1% superior a abril de 2023 (334 unidades). No acumulado de janeiro a abril de 2024, as montadoras exportaram 1.322 chassis de ônibus, 15,8% superior ao primeiro quadrimestre de 2023, quando atingiu 1.142 unidades.
De modelos rodoviários foram exportados 646 ônibus até abril deste ano, 55,7% a mais que no mesmo período de 2023. E de urbanos foram 676 unidades, 7% abaixo dos quatro meses do ano passado, quando atingiu 727 unidades.
Lat.Bus 2024
Sobre a LatBus, o vice-presidente da Anfavea disse que as expectativas são positivas, principalmente com relação às novas tecnologias. “Acredito que os participantes da feira vão poder observar uma diferença grande e muitas novidades em relação às novas tecnologias, tanto de propulsão quanto de conectividade. Essa vai ser a grande diferença, muito mais na questão de oferta de veículos para o mercado e evolução de disponibilidade de veículos com as novas tecnologias”, destacou Freitas. (Portal Technibus/Sonia Moraes)