Venda de máquinas agrícolas cai para quase metade em março no Brasil

Zero Hora Online

 

Se “dentro da porteira” da 29ª Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), o clima é de otimismo, fora o mercado de máquinas evidencia o cenário de retração nos negócios. Dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) na terça-feira (30) no evento mostram que, em março, as vendas caíram 44,9% na comparação com o mesmo mês de 2023. Entre os obstáculos que se mantêm no caminho estão o juro alto, o preço em baixa de commodities e a seca do Centro-Oeste.

 

Apesar do cenário externo, a atmosfera de condições especiais, promoções e novidades na vitrine fazem os organizadores da Agrishow apostarem em pelo menos repetir o resultado de negócios encaminhados no ano passado, que foi de R$ 13,2 bilhões.

 

“É um grande chamariz”, reforça Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos da Abimaq.

 

No estande da fabricante Massey Ferguson, a estimativa é de um crescimento de até 40% nas comercializações deste ano. No espaço da marca, o otimismo também transparece nas novidades: um drone sobrevoa o estande para fazer a entrega da chave das máquinas adquiridas.

 

“Temos um ano desafiador para a soja e para o milho. Já para o café e para a cana-de-açúcar, está muito bom, na verdade. Há casos em que chega a quase não precisar de financiamento”, pondera Rodrigo Junqueira, gerente geral da AGCO e vice-presidente da Massey Ferguson América do Sul. (Zero Hora Online/Gisele Loeblein)