Mesmo para 4 pessoas, Dolphin Mini pode ser a “mosca na sopa” dos compactos

AutoIndústria

 

A BYD lançou nesta última quarta-feira, 28, o Dolphin Mini. O modelo importado da China e lá fora conhecido como Seagull é oferecido por R$ 115.800,00. A exemplo de seu irmão maior Dolphin, elétrico também movido a bateria e o mais vendido no País em 2023, o Dolphin Mini deve incomodar concorrentes da mesma faixa de preço ou até imediatamente superiores ainda que de segmento diversos e com motorização convencional.

 

Na verdade, já está causando desconforto desde que teve sua chegada confirmada e acompanhada da especulação de que custaria abaixo dos R$ 100 mil, o que não se confirmou.

 

A Renault, de qualquer maneira, não esperou para ver até onde iria a audácia comercial da concorrência e no início deste mês tratou de reduzir em R$ 23,5 mil o valor do Kwid E-Tech para R$ 99.990,00 — um modelo que chegou em meados de 2022 por R$ 150 mil e seguirá, mesmo com a chegada do Dolphin Mini, como o elétrico a bateria mais barato do País.

 

Apesar do valor inicial acima das expectativas e mesmo sem ter informado aos potenciais clientes até hoje, da noite do domingo, 25, até o início da tarde desta quarta-feira, a BYD havia contabilizado a reserva de 6,5 mil unidades do compacto pelo site de comércio eletrônico Mercado Livre, noqual os interessados deveria antecipar sinal de R$ 10 mil, valor que será devolvido integralmente em caso de desistência.

 

Mas para esses compradores e também para aqueles que reservarem o carro nas concessionárias até a quinta-feira, 29, a marca concederá bônus dos mesmos R$ 10 mil e ainda um carregador wallbox cujo preço estimado é de R$ 7 mil. Com os benefícios promocionais, portanto, esses consumidores desembolsarão R$ 98.800,00 pelo novo compacto.

 

O Dolphin Mini está disponível somente com um nível de acabamento e sempre na configuração para quatros ocupantes. A versão para cinco pessoas, inexistente na China, ainda é alvo de estudos por parte da BYD, segundo Henrique Antunes, diretor de Vendas e Marketing da montadora.

 

Se aprovada, não chegará tão cedo, afirma: “É preciso acrescentar equipamentos, como cinto de segurança e apoio de cabeça e, depois disso, fazer toda a homologação. Isso demora”.

 

Trata-se mesmo de uma alternativa mais adequada para curtos deslocamentos e especialmente urbanos. Pesando 1.568 kg, o novo BYD tem 3,78 m de comprimento e 1,71 m de largura. A distância entre-eixos é de bons 2,50 m para a categoria e o porta-malas abriga 230 litros.

 

Pelo menos por enquanto, o modelo dispõe apenas do motor elétrico que desenvolve o equivalente a 75 cavalos. As baterias, do tipo Blade, são de 38 KWh e asseguram autonomia de até 280 Km, segundo avaliação do Inmetro. A velocidade máxima estimada é de 130 km/h e a aceleração de 0 100 km/h leva 14,9 segundos.

 

Merecem destaque como itens de série, dentre outros, controle de velocidade de cruzeiro, seis airbags, faróis e lanternas de LED, tela de multimídia de 10,1 polegadas giratória, direção elétrica com regulagem de altura e profundidade, quadro de instrumentos de 7 polegadas, carregamento por indução de celulares, freio a disco nas quatro rodas e freio de estacionamento eletrônico.

 

Alguns desses equipamentos não são oferecidos nem mesmo como opcionais em modelos nacionais dessa faixa de preço, o que deve aguçar ainda mais o interesse dos consumidores junto com o fato de ser um carro elétrico. (AutoIndústria/George Guimarães)