AutoIndústria
O Brasil começou 2024 para lá de devagar nas exportações de veículos. Levantamento da Anfavea mostra que somente 18,8 mil veículos fabricados aqui, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, seguiram para outros mercados em janeiro.
O número indica recuo de nada menos do que 43% com relação aos 33 mil embarques registrados em igual mês de 2023, um ano marcado também pelo fraco desempenho da exportação. Mas também esteve muito abaixo dos volumes negociados em janeiro de 2021 e de 2022, respectivamente, 25,9 mil e 27,7 mil, períodos afetados pela pandemia e reduzida oferta de semicondutores.
As montadoras brasileiras, naturalmente, registraram também forte queda no faturamento de janeiro. Diante do resultado de igual mês do ano passado, os U$ 620,6 mil apurados com os embarques de veículos leves e pesados representaram 12,7% menos.
Márcio de Lima Leite, presidente da entidade, credita o baixo volume aos fraquíssimo desempenho dos principais mercados de destino dos veículos brasileiros. O dirigente ressalta em especial a queda de 79% das vendas internas na Colômbia, de 60% no Chile e de 19% na Argentina, sem na comparação com janeiro do ano passado.
O México também viu seus negócios de veículos encolherem quase 20%. O país foi o principal mercado de exportação das montadoras brasileiras em 2023, desbancando a posição histórica da Argentina. Os mexicanos consumiram 32% das unidades exportadas, perto de 135,7 mil, com crescimento de 51% em relação aos envios de 2022.
Já a Argentina absorveu 114,5 mil veículos brasileiros, recuo de 16% na comparação com o ano anterior e participação 27% sobre o total exportado.
O Brasil enviou para outros países 403,9 mil veículos 2023 ante 480,9 mil no ano anterior. Para 2024 , a Anfavea espera recuperação marginal de 0,8%, para 407 mil veículos, uma perspectiva que já sob ameaça depois do resultado consolidado em janeiro. (AutoIndústria/George Guimarães)