AutoIndústria
Tradicionalmente o ano começa com menor participação das vendas diretas do que termina. Mas o fatia de janeiro de 2024, de 40,9%, é a menor desde 2021. No ano passado chegou a 44% e no primeiro mês de 2022 atingiu 42,8%.
O índice inferior pode ser explicado pelas compras elevadas das locadoras em dezembro, que atingiram 75 mil carros, conforme revelou no mês passado o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite. “Foi um volume 30% superior à média mensal do ano”, destacou na ocasião.
Esse movimento foi decisivo para que as vendas diretas respondessem na ocasião por mais da metade dos negócios totais do mercado de automóveis e comerciais leves, com participação de expressivos 54,7%.
Com a desaceleração das compras por parte dos grandes frotistas neste início de ano, o varejo teve em janeiro desempenho melhor do que o atacado.
Enquanto as vendas diretas de veículos leves cresceram 8,3%, de 57,4 mil unidades em janeiro de 2023 para 62,2 mil no mesmo mês deste ano, o varejo teve alta de 23%, passando no mesmo comparativo de 73 mil para 89,9 mil unidades.
Na média do mercado de leves, a expansão foi de 16,5%, com 152 mil emplacamentos no primeiro mês deste ano e 130,4 mil em janeiro de 2023.
A fatia de 54,7% das vendas diretas registrada em dezembro passado só foi superada no mês de outubro, quando algumas montadoras decidiram promover venda direta para o consumidor comum, como foi o caso da Renault com o Kwid, que teve preço reduzido por conta dessa prática.
Na média do acumulado de 2023 a participação das vendas diretas ficou em 49,5%. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)