Mercedes-Benz enxerga mais oportunidades que desafios em 2024

AutoIndústria

 

A Mercedes-Benz tem uma percepção otimista em relação ao ambiente de negócios para os próximos meses. Em evento para imprensa especializada na quarta-feira, 31, no qual apresentou renovação da linha de caminhões Atego, Achim Puchert, presidente e CEO da fabricante, apontou mais oportunidades que desafios.

 

“As expectativas são boas. O agronegócio, a mineração, a construção civil continuarão demandando caminhões. Mas agora há também expectativas de aumento de consumo das famílias com a queda no desemprego, o que movimenta o varejo, e a perspectiva dos investimentos que virão com o PAC.”

 

Puchert ainda lembra que os novos ingredientes no cenário, como o recente plano industrial do governo federal e o Mover, promoverão melhorias na economia em geral e no fortalecimento da indústria nacional. “São programas capazes de estimular renovação de frota e desenvolver tecnologias aqui, além do olhar de sustentabilidade que ambos colocam.”

 

O executivo, alinhado com as projeções da Anfavea, trabalha com um crescimento de 12% no mercado de caminhões em 2024. Se concretizado, as vendas chegarão próximas a 121 mil unidades.

 

O desafio maior nesse ambiente promissor, entende o presidente da Mercedes-Benz, é a velocidade com a qual segue a queda dos juros. “Apesar da tendência de redução, a taxa ainda é elevada. É preciso que a queda seja mais rápida para retomar a capacidade de crédito das famílias e das empresas.”

 

Independentemente de variáveis macroeconômicas, a Mercedes-Benz se prepara para a retomada. Além da renovação na linha Atego e duas novas opções de Actros e Arocs lançadas no evento, Puchert adianta que virão mais novidades ao longo do ano, afinal, no calendário de 2024 também constam a LatBus e a Fenatran.

 

O presidente da Mercedes-Benz, no entanto, mantém suspense com relação um novo ciclo de investimento. O último, de R$ 2,4 bilhões, estava previsto para ser encerrado em 2022. “Um novo plano existe, mas ainda merece mais análise”, resume, relacionado os recentes anúncios da nova política industrial e do programa Mover como os motivos do silêncio. “Agora, com a previsibilidade, é preciso definir o que pode ser feito aqui ou que é melhor trazer de fora”. (AutoIndústria/Décio Costa)